Mulher é diagnosticada com câncer grave 5 semanas após parto do filho
A britânica Jessica Lane sentiu os primeiros sintomas do câncer durante a gestação, mas médicos acreditaram que dor no braço era muscular
atualizado
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Cinco semanas após dar à luz o primeiro filho, a britânica Jessica Lane, 31 anos, descobriu ter um osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo raro e grave.
Os primeiros sinais da doença surgiram em março de 2022, quando ela estava na metade da gestação e começou a sentir dores no ombro e no braço esquerdos.
Ao procurar atendimento médico, Jessica foi informada de que o problema poderia estar relacionado a dores musculares durante a gravidez e que elas provavelmente diminuiriam após o parto. “Era insuportável e acho que ninguém acreditava no quão ruim era aquela sensação”, contou em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.
Quando sentiu um estalo repentino e muito doloroso ao instalar a cadeirinha do filho recém-nascido no carro, Jessica decidiu investigar o problema com mais atenção. “Estava segurando meu braço, chorando”, disse.
Câncer ósseo
O osteossarcoma é um tumor ósseo maligno, mais frequente na infância e adolescência. Os sintomas mais comuns da doença são a dor local e alterações ósseas. Os pacientes também costumam sofrer alteração na marcha, uma vez que a doença acomete principalmente as pernas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o paciente tem melhores chances de cura quando o diagnóstico é feito na fase mais precoce da doença.
Jessica teve que parar de amamentar o filho enquanto fazia o tratamento com analgésicos antes de receber o diagnóstico definitivo. Exames de imagem mostraram que o úmero — um osso na parte superior do braço — havia se quebrado. A fratura foi causada pela pressão de um tumor de 13 cm.
“Quando encontraram o tumor, ele estava cobrindo quase todo o meu úmero e meu osso quebrou devido à pressão que ele estava exercendo sobre ele”, disse ela.
Jessica passou por uma cirurgia para remover o tumor. A operação foi seguida por sessões de quimioterapia. Mas exames de rotina mostraram que mais tumores surgiram no braço.
Em maio de 2023, os médicos disseram à Jessica que ela teria de amputar o braço ou corria risco de morte. Em entrevista ao Daily Mail, a britânica contou não ter hesitado ao aceitar ter o braço amputado para poder ver o filho Theo crescer.
“Só pensei: ‘ele não merece isso. Ele não merece crescer sem a mãe’. Lembro-me de pensar: livre-se disso (do tumor), se sumir não poderá voltar”, contou.
A cirurgia para a amputação do braço foi bem-sucedida. Jessica conta ter perdido muito da independência que tinha e ainda aprende diariamente como voltar a fazer algumas coisas sozinha. Hoje ela se dedica principalmente a fazer campanhas de conscientização sobre a doença.
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