Infecção por bactéria “comedora de carne” quase leva mulher à morte
Australiana de 62 anos teve fasciíte necrosante, quadro no qual as bactérias se proliferam rapidamente e deterioram os tecidos musculares
atualizado
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A australiana Carolyn Gower, de 62 anos, teve de passar por 15 cirurgias e ficar um mês em coma induzido para tratar infecção silenciosa provocada por bactéria comedora de carne.
Carolyn teve fasciíte necrosante, quadro no qual a reprodução das bactérias acontece rapidamente e elas provocam a deterioração dos tecidos musculares.
A condição pode ser causada por seis tipos de bactérias, que são popularmente chamadas de “bactérias comedoras de carne”. As regiões do corpo atingidas por elas ficam inchadas e avermelhadas, e, em geral, o paciente sente dores intensas.
Carolyn não teve sintomas prévios
Apesar da gravidade do seu caso, Carolyn não apresentou sintomas por semanas. Em 14 de março de 2023, os filhos resolveram ir até a casa dela ao perceberem que a mãe não estava respondendo às mensagens.
Os três filhos a encontraram delirando de febre, e ela foi levada às pressas a um hospital. Na unidade de saúde, os médicos detectaram a presença da bactéria comedora de carne no seu peito, no pescoço e nos ombros da mulher. “Minha família foi informada de que sem tratamento urgente eu não teria sobrevivido àquela noite”, declarou Carolyn, em entrevista à revista That’s Life!.
Antes daquele dia, ela havia apenas sentido indisposição, caracterizada por calor e sede intensos. A mulher não se lembra de nada que tenha ocorrido entre a tarde daquele 14 de março e o mês seguinte.
Tratamento incluiu cirurgias
Carolyn passou quatro semanas em coma induzido, tomando intensos antibióticos, e fez tratamentos em câmaras hiperbáricas para conter a bactéria. Além disso, foi submetida a 15 cirurgias, incluindo 2 enxertos de pele que foram retirados da coxa dela, para reparar a musculatura apodrecida.
Atualmente, ela está passando por um programa de reabilitação com fisioterapia (para a mobilidade da região dos membros superiores), fonoaudiologia (para se recuperar de um mês de traqueostomia) e psicologia (para lidar com o trauma da experiência que ela descreve como uma quase morte).
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