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OMS sobre aumento de casos de Covid-19 no Brasil: “Muito preocupante”

Em entrevista coletiva, Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, pede que país esteja atento para conter evolução da pandemia

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Hugo Barreto/Metrópoles
Pessoas de máscaras na Rodoviária
1 de 1 Pessoas de máscaras na Rodoviária - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, recomendou que o Brasil leve “muito a sério” os crescentes números de casos de Covid-19 no país. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (30/11).

Ghebreyesus comemorou a queda de novos casos reportados globalmente, mas chamou atenção para a situação local. “O Brasil teve seu ápice em julho. O número de casos estava diminuindo, mas em novembro voltou a subir. O Brasil precisa levar muito a sério esses números. É muito preocupante”.

Medidas como o lockdown imposto por diversos países europeus foram elogiadas pelo diretor, mas os resultados positivos precisam ser encarados com cautela. “Ganhos podem ser perdidos. Ainda há um aumento de casos em diversas outras regiões do mundo, com aumento de mortes”, ponderou.

As celebrações de fim de ano e a época de férias são motivos de preocupação, segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Todos queremos estar juntos das pessoas que amamos durante períodos festivos, mas estar com a família e amigos não compensa colocá-los em risco.”

A recomendação da OMS é que os países sigam os direcionamentos das entidades de saúde locais. Viagens desnecessárias estão desaconselhadas. “Celebre [as festas] com pessoas que vivem na mesma casa que você e evite reuniões com quem mora em casas distintas”, disse Ghebreyesus. Distanciamento social e uso de máscaras foram medidas reforçadas pelo diretor-geral da OMS.

Na última sexta-feira (27/11), a OMS já havia alertado para o aumento no número de casos de Covid-19 em países da América Latina. Na ocasião, Michael Ryan, diretor de emergências da entidade, afirmou que o sistema de saúde brasileiro conseguiu absorver a “pancada” da primeira onda maneira competente, mas, com a fadiga dos profissionais de saúde, “não podemos assumir que conseguirá mais uma vez”.

Segunda onda no Brasil

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (30/11), Osnei Okumoto, secretário de Saúde do Distrito Federal, detalhou medidas de enfrentamento a uma possível segunda onda do novo coronavírus em Brasília. O governo planeja um inquérito epidemiológico para avaliar a atual situação no DF. Serão sorteadas 230 pessoas, de cada uma das 34 regiões administrativas, para fazerem exames que vão identificar se elas possuem anticorpos contra a Covid-19.

Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (30/11) que todas as regiões do estado terão restrições ao comércio, eventos culturais, bares e restaurantes. A decisão veio após um adiamento de duas semanas na progressão do Plano São Paulo, que define as regras de quarentena para frear o coronavírus.

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