Mucormicose: óbito por “fungo preto” é investigado em Manaus
Homem de 56 anos era diabético e testou negativo para Covid-19, mas não sobreviveu à infecção de mucormicose
atualizado
Compartilhar notícia
Um caso de mucormicose, infecção causada por fungo chamado popularmente de “fungo preto”, está sendo investigado em um paciente em Manaus, segundo informou no último domingo (30/5) a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
O homem de 56 anos era diabético e foi internado em 16 de abril com sintomas gripais, mas não teve diagnóstico positivo para Covid-19. Uma coceira no olho evoluiu para uma infecção e ele veio a óbito em 16 de abril.
A comunicação de risco foi feita pelas autoridades responsáveis do Amazonas ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde, após o recebimento do resultado de exames realizado pela Fundação de Medicina Tropical.
A investigação será concluída após análise de material coletado pelo Laboratório Central de Saúde Pública, que será enviado também para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Uma outra suspeita de infecção por mucormicose está sendo investigada em um paciente diabético de 52 anos de Joinville, em Santa Catarina.
Mucormicose e Covid-19
A mucormicose, comumente chamada de “fungo preto”, é uma infecção muito rara. É causada pela exposição ao fungo mucoso, que faz parte da família Mucoraceae, comumente encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição.
Trata-se de um fungo agressivo, e os infectados muitas vezes precisam de cirurgias mutilantes, como a retirada dos olhos, para se recuperar.
A infecção do “fungo preto” já acometeu quase 9 mil pacientes com Covid-19 na Índia. Os especialistas acreditam que a diminuição da imunidade, bem como o uso de esteroides para pacientes com casos graves de Covid-19, podem desencadear casos de mucormicose.