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Mpox: saiba sobre 1º caso provocado pela nova variante fora da África

Suécia confirmou diagnóstico do primeiro caso provocado pela nova variante do vírus mpox fora da África. Cepa é mais infecciosa e letal

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1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Metrópoles - mpox - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

As autoridades de saúde da Suécia anunciaram, nesta quinta-feira (15/8), que o sistema de saúde do país registrou um caso provocado pela nova variante do mpox. É a primeira vez que a nova cepa do vírus é identificada fora da África.

De acordo com as informações disponíveis, a subvariante 1b do vírus mpox é mais contagiosa e mais letal do que a clado 2, que circulou globalmente em 2022. A taxa de letalidade da variante anterior era de 1% entre as pessoas infectadas; já a da nova variante alcança 10% dos infectados.

Segundo o comunicado do sistema de saúde sueco, uma pessoa que buscou atendimento em Estocolmo, a capital do país, foi diagnosticada com a subvariante após uma curta viagem que fez ao continente africano. Não foi revelada a nacionalidade ou a idade do paciente diagnosticado.

“A pessoa foi infectada durante uma estadia na parte da África onde há um grande surto de mpox do clado 1. Ela recebeu cuidados e orientações de conduta para evitar a transmissão”, afirmou o epidemiologista Magnus Gisslén, chefe do serviço de saúde pública sueco, em comunicado à imprensa.

Na quarta-feira (14/8), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a mpox voltou a ser uma emergência internacional de saúde pública e pediu esforços globais para tentar diminuir o aumento de casos e de mortes relacionadas.

Apesar da confirmação de um caso, a situação não elevou os níveis de urgência sanitária no país europeu. “A Suécia está preparada para diagnosticar, isolar e tratar pessoas com mpox com segurança. O fato de um paciente com mpox ser tratado no país não afeta o risco para a população em geral. No entanto, casos importados ocasionais como o atual podem continuar a ocorrer”, sustentou o comunicado.

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas

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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia

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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses

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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi

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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose

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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas

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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Mpox no Brasil

No Brasil, em 2024, foram registrados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, todos da variante que circula por aqui desde 2022. Desde a chegada da doença no país até o momento, 16 óbitos foram registrados — a morte mais recente ocorreu em abril de 2023.

“Não devemos menosprezar a mpox, mas não acreditamos que teremos um aumento abrupto de casos”, afirmou o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, em conferência digital realizada na terça-feira (13/8).

O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também avalia que o Brasil tem uma posição geográfica privilegiada no cenário internacional da mpox. “A transmissão ainda é bem local na África e não há motivo para alarme nem com a notícia da alta letalidade. O clado 2 globalmente levou a 1% de mortes, mas no Brasil esse número foi extremamente inferior. Assim, nada nos leva a crer que, mesmo se a doença chegar aqui, terá a mesma letalidade que está apresentando na África”, explica.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, destaca que, por enquanto, não devem ser alterados os protocolos de prevenção adotados no Brasil desde 2022. “Devemos continuar monitorando os casos, testar os suspeitos e, se confirmada a infecção, fazer a vacinação das pessoas próximas como já temos feito”, indica.

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