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Mpox pode manifestar sintomas incomuns. Saiba quais são

O vírus mpox ataca o organismo como um todo, do pulmão aos olhos, e alguns de seus sintomas podem não ser identificados

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1 de 1 mpox - Foto: Shutterstock

A mpox é conhecida por causar lesões dolorosas na pele e nas mucosas. Os problemas relacionados à infecção, porém, vão muito além dos efeitos dermatológicos.

O vírus mpox ataca o organismo como um todo, do pulmão aos olhos, e alguns de seus sintomas podem não ser identificados.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, os primeiros sintomas da mpox costumam ser febre, dor de cabeça intensa, coceira intensa na pele e dores musculares.

“As lesões só costumam aparecer no terceiro ou quarto dia de infecção e aparecem de forma uniforme no corpo. Embora sejam o principal sinal da doença, elas podem ser confundidas com outras condições, especialmente a catapora e a herpes-zóster, por isso é importante investigar outros sintomas”, explicou o infectologista e patologista clínico Celso Granato, representante da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), em entrevista anterior ao Metrópoles.

Confira sintomas incomuns de mpox

Há alguns sintomas que não costumam figurar nas listas de sinais da mpox e que, no entanto, podem ser associados à doença. Entre os sintomas menos comuns estão:

  • Tremores (calafrios);
  • Exaustão;
  • Dor nas articulações;
  • Gânglios linfáticos inchados;
  • Inflamações oculares;
  • Tosse e dificuldade para respirar;
  • Inflamação da uretra.

“A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados, sem evoluir para complicações mais graves. As lesões se recuperam sozinhas, caindo com o tempo, espontaneamente”, explica o infectologista Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

A doença apresenta complicações quando infecções oportunistas se aproveitam do sistema imunológico debilitado do paciente. “Isso é particularmente perigoso no caso de comprometimentos pulmonares”, alerta o infectologista Weissmann, que dá aulas no curso de Medicina da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).

As complicações nos olhos também podem ser severas, levando até a casos de cegueira. Os pacientes afetados ficam com os olhos irritados, dor ocular e sensibilidade à luz.

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas

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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia

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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses

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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi

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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose

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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas

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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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O que é a mpox?

A mpox foi declarada uma emergência internacional sanitária em 14 de agosto após uma série de casos serem registrados na região central da África. Uma nova variante da doença, o clado 1b, com maior potencial de transmissão, foi ligada ao aumento de casos.

A nova infecção está relacionada a um novo grupo de risco, atingindo mais as crianças e os imunocomprometidos, mas, aparentemente, os sintomas dela são semelhantes aos do surto de 2022.

Atualmente, foram registrados casos da cepa 1b em Uganda, Quênia, Ruanda, Burindi e Congo. Fora da África há casos confirmados na Suécia e na Tailândia.

Mapa de casos no mundo de mpox clado 1b até 3 de setembro de 2024
Mapa de casos no mundo de mpox clado 1b até 3 de setembro de 2024

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