Mpox: OMS declara fim da emergência global de saúde para a doença
O anúncio da OMS foi feito menos de uma semana após a organização encerrar também a emergência sobre o coronavírus
atualizado
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta quinta-feira (11/5) que a mpox – anteriormente conhecida como váriola dos macacos – não representa mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).
O anúncio vem menos de uma semana depois de a OMS tomar a mesma decisão a respeito da Covid-19. Na prática, o ato corresponde a diminuir o nível de alerta mundial em relação à doença. O líder da OMS aceitou a recomendação do comitê de especialistas responsáveis por monitorar o vírus mpox, que se reuniu na quarta-feira (10/5) para discutir a situação atual da doença no mundo.
“O surto de mpox em vários países não representa mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Eu aceitei esse conselho e tenho o prazer de declarar que os impactos não são mais uma emergência de saúde global”, afirmou Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.
A mpox foi declarada como uma emergência pública em julho de 2022, após o vírus se espalhar rapidamente e provocar uma escalada de casos. Ao todo, foram registrados aproximadamente 87 mil casos em todo o mundo.
Na avaliação da vice-presidente do Comitê de Emergência para Mbox, Nicola Low, o declínio significativo do número de pessoas infectadas foi o resultado de ações de saúde pública, intervenções, cooperação internacional e atividades intensas principalmente das comunidades envolvidas.
“A recomendação do comitê de que a emergência de saúde pública deveria ser suspensa foi tomada após intensas deliberações e discussões, mas consideramos que os desafios restantes agora são melhor abordados por meio de esforços sustentados de longo prazo, e isso significa avançar para a transição para uma estratégia que vai gerenciar os riscos de longo prazo à saúde pública causados pela mpox”, afirma Nicola.
Desafios continuam
O chefe da OMS lembrou que, assim como o coronavírus, o vírus da mpox continua a circular e ainda representa desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável para evitar o ressurgimento de novas ondas de infecções por ambos os vírus.
“Continua sendo importante que os países mantenham suas capacidades de teste e continuem seus esforços, quantifiquem suas necessidades, respondam e ajam prontamente quando necessário”, considera Ghebreyesus.
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