Mounjaro x Ozempic: entenda diferenças entre os remédios
Anvisa autorizou, nesta segunda (25/9), que Mounjaro seja comercializado no Brasil. Saiba quais são as diferenças dele em relação ao Ozempic
atualizado
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A Anvisa aprovou, nesta segunda-feira (25/9), a venda do medicamento Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, no Brasil. O Mounjaro é um medicamento semelhante ao Ozempic (semaglutida), com indicação para o tratamento da diabetes tipo 2. O emagrecimento – tanto em uma como no outro – é um efeito secundário do uso.
O Ozempic e o Monjuaro funcionam melhorando os níveis de açúcar no sangue dos pacientes e reduzindo o apetite, por isso ocorre o efeito emagrecimento aparece. No entanto, caso a pessoa não tenha diagnóstico de diabetes, o uso das medicações ocorre “off label”, fora da bula.
Muitos médicos não são contra o uso “off label”, mas ressaltam a importância de que a medicação seja usado com acompanhamento e não de maneira “cosmética”, voltada apenas a resultados imediatos.
Saiba quais são as principais diferenças entre o Ozempic e o Mounjaro:
O Mounjaro é uma injeção semanal que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue de pacientes adultos. Aliado com uma rotina de exercícios, o uso do medicamento foi associado a uma perda de até 20% do peso corporal em pessoas com obesidade.
O Ozempic, por sua vez, também é um remédio de controle da diabetes tipo 2, mas atua com outro princípio, a semaglutida. Em ensaios clínicos, o Ozempic levou uma redução média de 15% do peso corporal.
A principal diferença entre os remédios é o prícipio ativo. O Ozempic simula os efeitos do GLP1, um hormônio que reduz a fome e aumenta a secreção de insulina do pâncreas, levando ao controle do açúcar no organismo.
Já o Mounjaro não apenas imita o GLP1 como também o GIP, outro hormônio com efeitos semelhantes. O GIP e o GLP1, portanto, vão atuar de forma coordenada e é por isso que os efeitos do Mounjaro são mais intensos.
“O Mounjaro é mais eficaz tanto no controle glicêmico quanto no emagrecimento”, aponta a endocrinologista Elaine Dias, de São Paulo. “No entanto, não há milagre. Ambos os remédios são aliados de tratamentos médicos que envolvem uma série de consultas e de exames para garantir a segurança e o bom uso”, completa.
Uso e efeitos colaterais
Os dois remédios, porém, são indicados apenas para uso contra a diabetes tipo 2. Em ambos os casos, podem ocorrer efeitos colaterais como náuseas, diarreia e constipação.
Quando estará à venda?
Apesar da aprovação, o remédio não estará imediatamente à venda. O medicamento passará pelo processo de precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Além disso, a comercialziação depende de decisões do fabricante. Um remédio de impacto semelhante, o Wegovy – versão do Ozempic para emagrecimento, foi aprovado pela Anvisa em janeiro e ainda não tem data para ser vendido no Brasil.
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