Mortes por Covid no Brasil estão em queda há 10 semanas, informa Fiocruz
Boletim semanal preparado pela fundação mostra que a redução de casos e óbitos se mantém, mas alerta para presença da variante Delta no país
atualizado
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De acordo com o Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz divulgado na manhã desta sexta-feira (3/9), o número de óbitos em decorrência da Covid-19 continua em queda, pela décima semana consecutiva. Segundo o documento, que considera a semana epidemiológica 34 (de 15 a 28/8), houve uma queda diária de 1,6% nas mortes no período analisado.
A incidência de casos também caiu em uma taxa de 2,4% por dia. Apesar da queda nos diagnósticos e óbitos, os pesquisadores chamam a atenção para um possível agravamento da situação, em grande parte pela presença da variante Delta em território nacional. Eles afirmam que a taxa de letalidade de 2,8% ainda é considerada alta em comparação a outros países que adotam medidas de proteção coletiva.
“Apesar de ainda ser necessário avançar na ampliação e aceleração da vacinação, esse processo contribui para a importante tendência de redução da incidência e mortalidade, sendo notável o declínio no número absoluto de internações e óbitos em todas as faixas etárias”, escrevem os cientistas.
Até o momento, 82% da população adulta já recebeu a primeira dose da vacina contra Covid-19, e 39% já está com o esquema vacinal completo. O boletim da Fiocruz chama a atenção para cinco unidades da federação específicas, que têm grau de incidência da Covid-19 considerado “extremamente alto”. Fazem parte da lista Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Distrito Federal.
Também foi identificado um declínio no número de internações e óbitos em todas as faixas etárias. Porém, em idosos com mais de 80 anos, esta baixa é menos pronunciada e há preocupação que o cenário observado no início da pandemia esteja se repetindo, quando idosos eram as maiores vítimas da Covid-19.
Em junho, a proporção de casos de pessoas idosas internadas era de 27% e agora chegou a 48,4%. O mesmo acontece com os óbitos, que representavam 44,6% das mortes em idosos e agora chega a 71,1%. Os pesquisadores alertam para a necessidade de ampliar o acesso ao reforço da vacina para esta população, com busca ativa de faltantes e organização da rede de atenção básica do SUS.
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