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Morte súbita: entenda o que aconteceu com o modelo Tales Cotta

Rapaz de 26 anos desfilava no São Paulo Fashion Week quando desmaiou na passarela e morreu a caminho do hospital

atualizado

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Arquivo Pessoal
tales cotta
1 de 1 tales cotta - Foto: Arquivo Pessoal

A notícia da morte do modelo Tales Cotta, de 26 anos, durante o desfile da marca Ocksa, no São Paulo Fashion Week, pegou sua família, amigos e colegas de surpresa. O rapaz, aparentemente saudável, desmaiou na passarela, foi atendido rapidamente pelo Corpo de Bombeiros mas morreu a caminho do hospital.

O laudo do Instituto Médico Legal sairá em 60 dias mas, por enquanto, o óbito de Tales vem sendo tratado como um mal súbito. “Esse conceito é abrangente, pode caracterizar qualquer mal-estar que aconteça inesperadamente, como uma epilepsia”, explica o cardiologista Fausto Stauffer, coordenador da área no Hospital Santa Lúcia Norte e diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia do DF.

Segundo o médico, a morte súbita já é decorrente de uma arritmia cardíaca. O coração para de funcionar, não há fluxo de oxigênio no cérebro e o paciente cai desacordado. O atendimento médico tem apenas dez minutos para tentar reverter essa parada cardíaca. “É um tipo de morte relativamente frequente no Brasil. Dados estimados dão conta que entre 250 a 300 mil pessoas morram assim por ano no país. Normalmente acomete pacientes com mais de 45 anos em decorrência de doença coronariana”, explica.

Em jovens, como Tales, a explicação pode ser algum problema estrutural do coração; alguma doença que atinja a condução elétrica do órgão; ou doenças genéticas. Por isso, é importante fazer check up, principalmente em atletas que vão competir profissionalmente.

“O paciente pode ser totalmente assintomático até evoluir para uma morte súbita. O jovem que morre em um campo de futebol, ou passarela, não sente nada. A primeira apresentação da doença já é a morte”, conta o cardiologista. Ainda segundo o especialista, apesar de ter sido ventilado o uso de drogas, jejum e desidratação, fatores que podem potencializar o risco de morte súbita, os três apontamentos isoladamente não levam ao óbito, apenas em casos muito extremos.

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