O que é morte assistida, procedimento feito por Antonio Cicero
Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e irmão da cantora Marina Lima, Antonio realizou procedimento de morte assistida na Suíça
atualizado
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O poeta e filósofo Antonio Cicero morreu nesta quarta-feira (23/10), aos 79 anos. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e irmão da cantora Marina Lima, ele realizou um procedimento de morte assistida, semelhante à eutanásia, na Suíça.
“Encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável”, afirmou em carta a amigos. Antonio Cicero tinha diagnóstico de Alzheimer e relatou que a progressão da doença afetava seu desejo de viver.
Eutanásia e morte assistida
A eutanásia e a morte assistida são práticas semelhantes, que envolvem o ato de morrer sem dor e com a ajuda de uma equipe de saúde. A diferença entre os dois atos é a intervenção no momento de encerramento da vida.
No caso da eutanásia, o médico faz a prescrição e também aplica a substância que induz o paciente à morte. Já na morte assistida, o médico faz a prescrição e auxilia, mas o próprio paciente é quem conduz o ato.
“Na eutanásia, o ato que abrevia a vida é praticado por uma outra pessoa, normalmente um médico. Já no suicídio assistido, o próprio paciente se encarrega de fazer isso, mas com a medicação e a dosagem prescritas por um profissional de saúde”, explicou Fábio Aurélio Leite, psiquiatra do Hospital Santa Lúcia Norte, em entrevista anterior ao Metrópoles.
“Existem requisitos que dependem do país. Alguns contêm normas mais rígidas para doenças físicas; já outros, como a Suíça, querem liberar até para pacientes com transtornos mentais, autismo e depressões”, afirmou Fábio.
No Brasil, a eutanásia e o suicídio assistido são práticas ilegais. Na Suíça, o suicídio assistido é permitido por lei, desde que não seja praticado por motivações egoístas.
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