Mortalidade por câncer caiu 29% em 26 anos nos Estados Unidos
Segundo estudo da American Cancer Society, queda no número de mortes de pulmão ajudou a diminuir a quantidade de mortes
atualizado
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Segundo um levantamento feito pela American Cancer Society (Sociedade Americana de Câncer, a ASCO) e publicada no Cancer Journal for Clinicians, a mortalidade por câncer nos Estados Unidos caiu 29% entre 1991 e 2017. De acordo com a pesquisa, a queda foi motivada, principalmente, pela diminuição no número de mortes por câncer de pulmão.
Entre 2016 e 2017,a ASCO detectou a maior queda já registrada em um ano, de 2,2%. De 2008 a 2017 a taxa vem sendo de 1,5% ao ano. O câncer é a segunda principal causa de óbitos nos Estados Unidos — atrás de doenças cardiovasculares –, e estima-se que, em 2017, 599 mil pessoas morreram por conta das neoplasias.
Os tipos mais comuns de câncer no país são de pulmão (responsável por metade das mortes), colorretal, mama e próstata. Entre 1990 e 2017, a queda na mortalidade do câncer de pulmão foi de 51% entre homens e, entre 2002 e 2017, de 26% entre as mulheres. O câncer de mama também teve uma grande baixa, caindo 40% entre 1989 e 2017, assim como o câncer de próstata (52% entre 1993 e 2017).
O estudo afirma que a detecção precoce, assim como o desenvolvimento de novas terapias para tratamento, são as principais razões para a queda.
População negra e nativa
Apesar dos números serem animadores, o estudo também faz um recorte por etnia e prova que a desigualdade no tratamento ainda é grande. Negros têm 33% menos chance de sobreviver ao câncer do que brancos, e este número sobe para 51% quando se trata das etnias nativas (índios americanos e nativos do Alasca).