Mortalidade de internados com Covid-19 em UTI cai um terço, diz estudo
A revisão científica avaliou 24 estudos com mais de 10 mil pacientes de UTI na Europa, Ásia e América do Norte desde o início da pandemia
atualizado
Compartilhar notícia
Ao revisar estudos de todo o mundo, um grupo de cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, observou que aumentaram as chances de um paciente sobreviver à infecção do novo coronavírus após ficar gravemente doente. A proporção de mortes da doença em unidades de terapia intensiva (UTI) caiu quase um terço desde março quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o início da pandemia.
A revisão sistemática publicada na revista Anesthesia, levou em consideração 24 estudos com 10.150 pacientes de UTI na Europa, Ásia e América do Norte. A taxa de mortalidade caiu de 59,5%, no fim de março, para 41,6% no final de maio, nos continentes.
Os pesquisadores acreditam que esta redução esteja relacionada aos conhecimentos sobre a doença adquiridos ao longo dos meses. Médicos do mundo inteiro, por exemplo, descobriram como o aliviar sintomas com analgésicos e antibióticos. Além disso, os especialistas mudaram os critérios de admissão na UTI; descobriram o momento ideal para colocar o paciente em ventilação artificial; e definiram protocolos para a introdução do uso de alguns medicamentos que têm se mostrando eficientes no tratamento de pacientes críticos, como a dexametasona.
“À medida que a pandemia progride e vários fatores se combinam, a sobrevida dos pacientes internados na UTI melhorou significativamente. Não houve efeitos significativos da localização geográfica, mas a mortalidade relatada nas unidades de tratamento intensivo caiu com o tempo”, disse Tim Cook, principal autor do estudo e professor honorário da Universidade de Bristol e consultor do NHS, em comunicado à imprensa.