Veja como agem substâncias achadas no brigadeirão que matou empresário
Polícia suspeita que brigadeirão usado para envenenar homem no Rio de Janeiro teve mais de 60 comprimidos de analgésicos adicionados
atualizado
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Peritos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que o empresário Luiz Marcelo Ormond morreu envenenado com morfina. A substância foi encontrada no corpo do homem e a principal hopótes é que ele ingeriu o veneno disfarçado por um brigadeirão preparado por sua namorada, Júlia Andrade.
O relatório do IML apontou que Luiz Marcelo ingeriu ao menos 60 comprimidos do medicamento Dimorf, que tem a morfina, o mais antigo e mais famoso dos opioides, como base. Além disso, o laudo mostrou que o conteúdo estomacal da vítima tinha uma grande quantidade de clonazepam.
O que tinha no brigadeirão?
A morfina é um remédio contra a dor considerado um dos principais analgésicos do mundo. A prescrição máxima segura de comprimidos, segundo o Manual MSD, é de 20 mg da substância a cada intervalo de três horas. A dose ingerida por Luiz Marcelo pode ter chegado a 480 mg de uma só vez.
Já o clonazepam é um medicamento para tratamento da ansiedade e do transtorno bipolar. Pertencente à categoria dos benzodiazepínicos, ele é usado para tratar episódios graves de mania e descontrole emocional.
Ambos remédios são liberados para comercialização apenas com receita, já que as doses altas podem levar a efeitos adversos graves, incluindo coma e morte.
O clonazepam pode ser comprado com receita azul (com duas vias, uma fica retida na farmácia), enquanto a morfina só é vendida com receita amarela (a mais estrita de todas). Ao se entregar à polícia, Júlia Andrade não revelou como teve acesso aos medicamentos.
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