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Morar sozinho aumenta risco de apresentar demência, diz estudo

Pesquisa publicada na revista Neurology mostrou que o isolamento social produz prejuízos em áreas do cérebro ligadas à memória e aprendizado

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Idoso olhando através da janela
1 de 1 Idoso olhando através da janela - Foto: Getty Images

Um estudo internacional, publicado na quarta-feira (8/6) na revista Neurology, revelou que as pessoas que vivem em isolamento social correm um risco 26% maior de desenvolver demência em comparação com aquelas que têm vidas socialmente ativas.

Os impactos do isolamento social ficaram mais visíveis para a população com a pandemia da Covid-19. No entanto, esse é um problema antigo, comum entre idosos que moram sozinhos, recebem poucas visitas de amigos e familiares e não se envolvem em atividades sociais.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Os pesquisadores das universidades de Cambridge e Warwick, ambas na Inglaterra; e de Fudan, na China, analisaram dados de 462.619 britânicos com idades entre 50 e 60 anos, disponíveis no banco de dados Biobank. Também foram realizados exames de ressonância magnética e testes de pensamento e memória em 32.263 voluntários.

Os participantes, com idade média de 57 anos, também responderam perguntas sobre a frequência com que visitavam amigos, se moravam sozinhos ou com outras pessoas e se participavam de atividades sociais, como ir a clubes, reuniões ou voluntariado ao menos uma vez por semana.

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As imagens de ressonância magnética mostraram que os adultos socialmente isolados tinham menos massa cinzenta em partes-chave do cérebro, envolvidas na memória e no aprendizado.

Cerca de 1,55% das pessoas socialmente isoladas desenvolveram demência, em comparação com 1,03% do restante. No entanto, depois de ajustar resultados, levando em consideração fatores como idade, consumo de álcool, tabagismo e condições como depressão, os cientistas descobriram que o grupo tinha 26% mais chances de desenvolver demência.

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