Moradora do DF ganha coração durante pandemia: “Enfrentei o medo com a fé”
Luzanira de Souza Campos, 64 anos, fez um transplante no fim de junho e recebeu alta na última sexta-feira (7/8)
atualizado
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Após 15 anos de batalha contra uma doença cardíaca chamada de miocardiopatia dilatada, a pastora Luzanira de Souza Campos, 64, recebeu um novo coração e pode começar uma nova etapa da vida.
A moradora do Distrito Federal já havia passado por quatro procedimentos para implantação de marcapassos, mas o mal estar e o cansaço constantes ameaçavam o seu bem-estar. No último ano, dona Luzanira precisou ser internada e teve uma parada respiratória, o que fez a equipe médica sugerir o transplante.
“Quando o coração não funciona direito, todos os órgãos passam a sofrer. No caso da Dona Luzanira, os rins estavam funcionando precariamente. E quando chega em um momento em que o tratamento padrão não surte mais o efeito desejado, é hora de optar pelo transplante“, explica Fernando Atik, médico responsável pelo procedimento.
A operação foi realizada no dia 23/6, no Hospital Brasília. O coração perfeito para a pastora estava em Itajaí, Santa Catarina, a duas horas de avião do DF — o órgão só pode ficar quatro horas fora do peito do doador antes do transplante. As enfermeiras contam que carregar um coração é como segurar um recém-nascido, pois representa uma vida nova para um paciente que estava sem esperanças. Mais de 10 profissionais participaram do procedimento.
Dona Luzanira recebeu alta na última sexta-feira (7/8). Ela conta que não tinha liberdade para nada por conta da doença, mas agora, quer aproveitar a nova chance. “Fiquei prisioneira dessa enfermidade por muito tempo. Quero viajar, voltar a dirigir. Senti saudade de estar com a minha família, que eu nunca podia ir, e de comer as coisas que eu gosto. A pandemia me deixou com medo, mas enfrentei com a minha fé em Deus”, diz.