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Monkeypox pode ser gatilho para convulsões, apontam cientistas

Estudo publicado na revista The Lancet sugere que vírus da varíola dos macacos pode provocar inflamações no cérebro

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avc, cérebro, saúde
1 de 1 avc, cérebro, saúde - Foto: VSRao/https://pixabay.com

Cientistas do Reino Unido afirmam que pacientes infectados com o vírus monkeypox, da varíola dos macacos, podem desenvolver inflamações no cérebro após se recuperarem da doença. A condição provoca confusões mentais e, até mesmo, convulsões. O estudo foi publicado na revista The Lancet nessa quinta-feira (8/9).

De acordo com os cientistas da University College London, a presença de encefalite (inflamação no cérebro) nos pacientes afetados pela varíola dos macacos foi identificada em casos suficientes para ser considerada como uma “preocupação bem justificada” de saúde. Os pesquisadores analisaram o histórico médico de 1,5 mil pacientes infectados pela varíola dos macacos e as complicações cerebrais ocorrem em cerca de 3% dos casos.

“Achamos complicações neurológicas severas como encefalite e convulsões; embora sejam raras, nós percebemos que elas ocorrem com maior frequência em pacientes que contraíram monkeypox (do que entre a população geral), o que é preocupante”, apontou o médico Jonathan Rogers, principal autor do estudo, em nota de divulgação sobre a pesquisa.

O grupo de pesquisadores também listou dores musculares, fadiga, dor de cabeça, ansiedade e depressão como sintomas comuns nos indivíduos acometidos pela varíola dos macacos.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

Roos Koole/ Getty Images
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

seng chye teo/ Getty Images
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

Wong Yu Liang / EyeEm/ Getty Images
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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

Melina Mara/The Washington Post via Getty Images
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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

Natalia Gdovskaia/ Getty Images

Segundo os cientistas, entre os pacientes analisados, 2,7% tiveram pelo menos um episódio de convulsão, 2,4% apresentaram confusão mental e 2% desenvolveram encefalite, que pode levar à paralisia muscular, dificuldades na fala e audição e episódios de epilepsia.

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