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Mito ou verdade: vape é menos prejudicial à saúde do que cigarro?

Embora não possua muitas das substâncias tóxicas do tabaco, o vaper tem grande concentração de nicotina

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1 de 1 cigarro-eletrônico - Foto: Reprodução/ Tua Saúde

O cigarro eletrônico, também chamado de vape, ganhou popularidade entre os jovens como uma alternativa menos nociva à saúde do que o cigarro convencional, partindo da premissa de que ele não queima tabaco para liberar nicotina.

Embora não possua muitas das substâncias tóxicas do tabaco, o vape tem grande concentração de nicotina – uma substância altamente viciante – e libera outros componentes.

“O dispositivo tem um depósito onde é colocado um líquido concentrado de nicotina, que é aquecido e inalado. Esse líquido possui um produto solvente e um químico de sabor. Ou seja, não temos dúvidas de que o cigarro eletrônico faz mal”, afirma o oncologista Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas.

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo
O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo

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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco

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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior

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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer

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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes

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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir

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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar

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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo

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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo

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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os cigarros eletrônicos podem causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

Inalar vapores quentes também pode causar danos para a boca e a garganta. Outro problema é que, por não haver regulamentação para o uso de cigarros eletrônicos no Brasil, é impossível atestar a procedência e a padronização dos líquidos usados no dispositivo.

Químicas para o sabor

Um estudo realizado pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriu que os fabricantes de cigarros eletrônicos estão usando níveis excedentes de substâncias que dão a sensação de mentolado nos produtos.

Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido. “Os fabricantes de cigarros eletrônicos estão ‘voando às cegas’ ao adicionar esses produtos químicos”, disseram os autores do estudo.

Adesão entre jovens

Um a cada cinco jovens com idade entre 18 e 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil, segundo dados do estudo Covitel, do Ministério da Saúde.

“Doenças causadas pelo cigarro eletrônico têm surgido precocemente, ceifando vidas, a maioria de jovens”, afirma o cirurgião oncologista Florentino Cardoso, titular do Conselho Federal de Medicina e diretor-executivo médico do Hospital Care, em Campinas.

A doença respiratória subaguda severa é a mais comum, especialmente entre os jovens. Os principais sintomas são dificuldade para respirar, tosse e dor torácica.

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