Mito ou verdade: adoçantes fazem mal à saúde?
Apesar de se passarem por saudáveis, eles prejudicam o funcionamento do organismo e podem provocar inflamações sistêmicas
atualizado
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As pessoas que buscam alimentos adoçados artificialmente com opções como aspartame, sucralose ou Acesulfame-K estão tentando reduzir a quantidade de açúcar refinado no cardápio. Na cabeça delas, a troca favorece a saúde, pois várias pesquisas colocam o açúcar como um dos principais vilões da alimentação. O problema é que os adoçantes também trazem problemas para o funcionamento do corpo.
A nutricionista Bruna Garcia Canela, que atende no Instituto Mare, em Brasília, informa que os alimentos vendidos como diet e light nem sempre são saudáveis. “Adoçantes, no geral, possuem uma elevada toxicidade e alteram a microbiota intestinal”, alerta a profissional. Ao desequilibrarem o organismo, os substitutos do açúcar podem acabar gerando uma inflamação sistêmica – um processo capaz de dificultar o emagrecimento e piorar quadros de diabetes.
Além disso, o adoçante engana o corpo. O sabor doce captado pelas papilas gustativas da boca estimula o trato gastrointestinal inteiro a se preparar para metabolizar carboidratos, mas a falta deles aumenta a vontade de comer doce para compensar os carboidratos que não vieram. “Isso cria uma potencial compulsão por alimentos doces ou feitos com farinhas brancas, em consequência da falta de energia (kcal) que o adoçante possui, apesar de ter sabor doce”, explica Bruna.
Por fim, a nutricionista recomenda opções mais naturais de adoçantes, como estévia, xilitol ou eritritol. A melhor opção, segundo Bruna, é abandonar tanto o açúcar quanto o adoçante, para que o corpo se acostume com o gosto natural dos alimentos.