Mistura de AstraZeneca com vacina de RNA funciona até melhor, diz pesquisa
Estudo sueco mostra que pacientes que tomaram a segunda dose de outras fórmulas apresentaram maior proteção contra o coronavírus
atualizado
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Um estudo publicado na revista científica The Lancet Regional Health neste domingo (17/10) comprovou que a mistura da vacina da AstraZeneca com imunizantes à base de RNA é benéfica para o paciente e aumenta a proteção contra o coronavírus.
Foram analisados dados de 700 mil pessoas na Suécia que tomaram a primeira dose da vacina britânica e a segunda, da Moderna ou da Pfizer. Os pesquisadores da Universidade de Umea acompanharam os pacientes por cerca de dois meses e meio após a aplicação do reforço.
Na comparação com pessoas não vacinadas, os participantes que receberam a segunda dose com a fórmula da Moderna tiveram 79% menos risco de ser infectadas pelo coronavírus. Os que tomaram a Pfizer, 67% menos. E quem tomou as duas doses da AstraZeneca teve 50% menos chance de contrair o vírus.
Os pesquisadores dizem que a mistura é interessante, inclusive, contra a variante Delta, a mais prevalente no mundo e que se mostra relativamente resistente aos imunizantes existentes.
No Brasil, a indicação é que a primeira e a segunda dose sejam aplicadas com o mesmo imunizante. Para o reforço, entretanto, a recomendação é que a vacina da Pfizer seja usada, não importando qual a fabricante usada no esquema vacinal anterior.
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