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Miocardite pós vacinas Pfizer e Moderna é muito rara, dizem estudos

Pesquisas mostram que efeitos colaterais de inflamação no tecido cardíaco não são frequentes

atualizado

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1 de 1 coracao-a - Foto: Robina Weermeijer/Divulgação

Os casos de inflamação no músculo cardíaco após a aplicação das vacinas de RNA da Moderna e da Pfizer contra a Covid-19 acenderam um alerta na comunidade científica. Porém, dois estudos publicados na revista científica JAMA mostram que os efeitos colaterais são considerados raríssimos e acontecem menos vezes do que possíveis danos ao coração causados pelo coronavírus.

Os levantamentos relatam apenas 27 casos de pacientes com inflamação no músculo cardíaco, mas são importantes para demonstrar a possível relação de causa e efeito entre o imunizante e a miocardite.

O primeiro estudo analisou quatro casos de miocardite que sugiram entre o primeiro e o quinto dia após a segunda dose do imunizante. Três dos casos aconteceram em homens entre 23 e 36 anos, e um em uma mulher de 70 anos. Todos tiveram dor aguda no peito, e passaram por ressonâncias magnéticas para comprovar o diagnóstico.

Já o segundo levantamento, feito pelo Sistema de Saúde Militar dos Estados Unidos, descreveu o caso de 23 indivíduos que apresentaram miocardite nos primeiros quatro dias após a vacina. Todos eram homens entre 20 e 51 anos — 22 deles são oficiais da ativa. Também foram feitos exames para provar o quadro.

As pesquisas não são as primeiras a serem feitas sobre o assunto — na última semana, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgou que a associação entre a vacina e o problema de saúde é provável, mas raro. Segundo o levantamento, 1,2 mil casos foram registrados em pessoas com mais de 30 anos no país.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também acompanha os casos no continente, e dá conta de 122 casos de miocardite após a vacina da Pfizer em 160 milhões de doses aplicadas, e 16 casos depois da vacina Moderna em 19 milhões de imunizantes administrados. O órgão também contabiliza os casos de pericardite: 126 da Pfizer e 18 da Moderna.

O Ministério da Saúde de Israel, país que aplicou apenas o imunizante da Pfizer em sua população, afirma que foram 275 casos de miocardite registrados entre 5 milhões de doses aplicadas. A maioria dos pacientes com o problema é homem e está na faixa etária entre 16 a 30 anos de idade.

Até o momento, não foi comprovada a relação de causa e efeito das vacinas e as inflamações cardíacas — há “provável relação”, mas não se sabe exatamente como a fórmula desencadearia a reação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que todos os casos relatados até o momento são leves, e a recuperação, rápida.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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