Minoxidil: conheça os segredos do remédio para crescer barba e cabelo
Especialistas revelam a maneira correta de usar o medicamento, como ele funciona e seus possíveis efeitos colaterais
atualizado
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O minoxidil, muitas vezes confundido e utilizado como um simples cosmético, é, na verdade, um medicamento para tratar doenças. E, como todo remédio, tem também os seus efeitos colaterais. No entanto, quando bem utilizado – sob prescrição e com acompanhamento médico – pode proporcionar inúmeros benefícios para a saúde capilar, inclusive auxiliando no combate à alopecia.
Origem curiosa
Descoberto no final dos anos 1970, o minoxidil, inicialmente, era utilizado para tratar a hipertensão arterial. Mas, rapidamente, outra função foi identificada. “Os pacientes que utilizavam essa medicação apresentavam, como efeitos adversos, o crescimento de pelos em áreas indesejadas no corpo, em especial, na face”, revela a farmacêutica Patrícia França.
“Em 1980, o minoxidil oral foi descrito como medicamento efetivo para o tratamento da Alopecia Androgenética masculina e, posteriormente, utilizado sob a forma de solução tópica em mulheres e homens para a mesma finalidade”, completa a especialista.
Como usar o minoxidil corretamente – em cápsulas e cremes
Segundo Patrícia, os resultados do uso adequado de minoxidil podem variar de acordo com as condições do paciente e, geralmente, começam a aparecer após três e seis meses de tratamento. Mas, para que os efeitos sejam realmente positivos, é necessário fazer o uso contínuo do medicamento, com acompanhamento de um dermatologista.
“Os ensaios clínicos do uso contínuo do minoxidil sugerem que a melhora é sustentada desde que o tratamento seja mantido. Qualquer efeito positivo no crescimento do cabelo é perdido dentro de quatro a seis meses após a interrupção do tratamento”, revela o dermatologista Daniel Cassiano, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Atualmente, as duas formas de minoxidil – em cápsulas e cremes – são utilizadas para incentivar o crescimento de barba e cabelo. “Recentemente voltamos a prescrever a versão oral, não como anti-hipertensivo, mas, para o tratamento das alopecias. É particularmente interessante nos pacientes que não têm a disciplina de aplicar o produto tópico diariamente”, explica Cassiano.
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