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Ministério da Saúde quer busca ativa para crianças sem vacina

Pasta divulgou para os municípios nomes de 6,5 milhões de brasileiros menores de 5 anos que estão fora da cobertura vacinal para sarampo

atualizado

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Breno Esaki/Saúde DF
Vacinação de sarampo no DF
1 de 1 Vacinação de sarampo no DF - Foto: Breno Esaki/Saúde DF

Um levantamento do Ministério da Saúde mapeou a situação vacinal de sarampo de 6,5 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5 anos. Na lista com o balanço das ações da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo consta o quantitativo de doses aplicadas da tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. O documento servirá para que os gestores locais definam estratégias para realização de busca ativa das crianças com o esquema vacinal incompleto.

O relatório foi disponibilizado na plataforma e-Gestor Atenção Básica, um espaço que reúne informações sobre os sistemas e programas da Atenção Primária, permitindo a comunicação entre o Ministério da Saúde e os gestores locais. Os dados da lista foram levantados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e cruzados com os da estratégia e-SUS da Atenção Básica (e-SUS AB). Veja aqui a lista por UF.

De acordo com Erno Harzheim, secretário de Atenção Primária à Saúde, a lista das crianças não vacinadas servirá para potencializar o trabalho dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias na busca ativa dessas crianças. A medida, segundo ele, também apoiará os municípios para que atinjam a meta de cobertura vacinal contra o sarampo, para que eles consigam receber o restante dos R$ 206 milhões liberados pela pasta para ações locais de vacinação. “Com esse reforço financeiro e a estratégia da busca ativa, os municípios terão fôlego para organizar e implantar mais ações de imunização a quem mais precisa”, destacou o secretário.

Conforme informações da pasta, os profissionais de saúde deverão checar se o número de doses aplicadas da vacina é o recomendado pelo Ministério da Saúde para a idade da criança, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. Além de aumentar a cobertura vacinal, o objetivo é estimular que os gestores atualizem suas bases de dados sobre vacinação.

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que monitorar campanhas e coberturas vacinais é um passo fundamental para saber onde estão os locais de pior cobertura, chamados bolsões de vacinação. “Conhecer os locais que não alcançam as metas é importante para intensificar as campanhas, saber onde elas devem ser focadas com maior intensidade e vigor”, reforça.

Ainda segundo Kfouri, entender os motivos que fazem com que algumas localidades não cumpram a meta vacinal é tarefa complicada. “Cada município tem uma realidade. Pode ser falta de recurso, de divulgação, problemas sociais, populações ribeirinhas com dificuldade de acesso ou mesmo falta de pessoal para fazer o registro da vacinação”, enumera o diretor. “Não há uma explicação única para todos.”

Embora seja extremamente difícil eliminar totalmente os bolsões de vacinação, Renato Kfouri frisa que aumentar ao máximo a cobertura vacinal é essencial para evitar que o vírus encontre um ambiente favorável para se espalhar. “É sempre bom lembrar que existe uma população vulnerável que não pode receber a vacina, como pacientes transplantados, oncológicos ou pessoas com HIV. Essas pessoas estão protegidas pelo entorno. Então, quando você se vacina, está se protegendo e protegendo a comunidade ao seu redor.”

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