Saúde libera R$ 454,3 mi e publica guia para orientar volta às aulas
Pasta criou um guia de orientações para evitar o contágio e liberou dinheiro para ser usado, também, na compra de material
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (18/9), o Ministério da Saúde divulgou que fará um investimento de R$ 454,3 milhões para apoiar a volta às aulas com segurança em estados e municípios. O secretário de atenção primária à saúde, Raphael Câmara Parente, reafirma que a decisão de reabertura das escolas é do gestor local.
Segundo ele, a ideia é garantir, entre outros pontos, a disponibilidade de produtos de limpeza para higienização de superfícies e das mãos. Apesar de esta ser uma atribuição do governo local, Parente diz que vários municípios não têm verba para manter um ambiente seguro e serão apoiados pelo governo federal.
O secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, alerta que deve-se levar em consideração a taxa de infecção e letalidade antes de decidir reabrir as escolas. Porém, segundo o especialista, é preciso adaptar a situação à nova realidade. “Vamos absorver novos hábitos, como a higienização, uso da máscara, distanciamento, tudo isso aliado à uma futura vacina. Com toda segurança possível, vamos retomar as atividades que são necessárias até para a saúde mental”, afirma.
Foi publicado também um guia de orientações, em parceria com o Ministério da Educação, para informar aos alunos sobre as medidas de segurança, o uso obrigatório de máscaras e higienização. O documento também fala sobre a limpeza frequente das superfícies e a necessidade de manter produtos de limpeza acessíveis a alunos, professores e funcionários.
O documento alerta que estudantes e professores com doenças crônicas, hipertensão, asma, diabetes, síndromes, disfunções de imunidade e cardiopatias devem passar por avaliação caso a caso para voltar às aulas. Se forem liberadas, precisam adotar ainda mais rigor nas medidas de segurança.
O Ministério sugere escalonamento nos horários de chegada, saída e intervalos dos estudantes e turmas, para evitar aglomerações e marcar espaço de pelo menos um metro entre as carteiras. Áreas comuns, como bibliotecas, parquinhos e pátios devem ser evitadas. As aulas de educação física serão adaptadas para manter a distância mínima entre os estudantes e evitar ao máximo o uso de material coletivo e compartilhamento. O uso de máscaras precisa ser cumprido durante os exercícios.
No caso das creches, os profissionais devem “redobrar as orientações”, segundo o guia. Alunos com necessidades especiais também são contemplados e precisam ser orientados a seguir com mais rigor as medidas de higiene.
Caso haja caso confirmado de Covid-19 na escola, o documento orienta que se informe à comunidade escolar, aos pais, às autoridades locais de saúde, e se “reavalie” as atividades escolares.
“O processo de reabertura das escolas é complexo e demanda esforços de diversos setores, bem como congrega uma série de práticas políticas, sociais, gerenciais, sanitárias e assistenciais. Dessa forma, o planejamento e a organização, definidos de forma intersetorial, são essenciais durante e após a reabertura das escolas. Estas orientações são um apoio para a adoção de estratégias de enfrentamento da Covid-19 nas escolas brasileiras”, diz o documento.