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Microplásticos absorvidos pelo feto continuam no corpo após nascimento

Estudo mostrou que microplásticos transmitidos via placenta continuaram em ratos por pelo menos duas semanas após nascimento

atualizado

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Foto Macro de um monte de microplásticos - danos aos corpo humano
1 de 1 Foto Macro de um monte de microplásticos - danos aos corpo humano - Foto: Getty Images

Os microplásticos estão por toda parte e já foram encontrados em diferentes tecidos e órgãos do corpo humano.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, sugere que eles podem ser passados da mãe para o filho via placenta durante a gestação.

A pesquisa foi realizada com ratinhos de laboratório e os resultados foram publicados na edição de outubro da revista Science of the Total Environment.

Os microplásticos são partículas minúsculas, com menos de cinco milímetros. Elas são eliminadas no ar, na água e no solo por garrafas de plástico, embalagens de alimentos e tinta, entre outros.

Estudos anteriores já tinham mostrado que os micro e os nanoplásticos são capazes de atravessar a placenta. Os pesquisadores norte-americanos deram um passo adiante, comprovando que essas substâncias menores do que grãos de areia podem permanecer no corpo por pelo menos duas semanas após o nascimento.

Os microplásticos foram encontrados nos pulmões, corações, fígados, rins e cérebros dos animais recém-nascidos depois que as mães inalaram fragmentos de poliamida-12, um tipo de náilon, enquanto gestavam.

Fotografia colorida mostra mão cheia de areia com microplásticos coloridos de plástico - Metrópoles
Os microplásticos estão presentes por toda parte, inclusive no interior do corpo humano

Os pesquisadores acreditam que, assim como nos ratos, os microplásticos estão sendo transmitidos entre humanos. Se for comprovado, isso significaria que as crianças já chegam ao mundo com uma carga de microplásticos incorporada em seus órgãos e tecidos.

“Agora que sabemos que ele está lá, o próximo passo é entender por que e o que isso significa”, considera a pesquisadora Phoebe Stapleton, professora associada de farmacologia e toxicologia na Universidade Rutgers.

“Não acho que algum dia nos livraremos dos plásticos completamente. Mas acho que podemos chegar a um ponto em que teremos algumas políticas para indicar quais são as substâncias menos tóxicas”, considera Stapleton.

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