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Metade dos 463 milhões de diabéticos não sabe que está doente

Dados do Atlas do Diabetes 2019 apontam ainda que a doença em adultos aumentou 31% no Brasil. País é o quinto com maior número de casos

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Foto colorida: pessoa posiciona dedo indicador em teste de diabetes - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida: pessoa posiciona dedo indicador em teste de diabetes - Metrópoles - Foto: Towfiqu Photography, Getty Images

Cerca de 9% da população mundial, o equivalente a 463 milhões de adultos, convivem com a diabetes, mesmo sem saber. Lançado na última quinta-feira (14/11/2019), a nona edição do Atlas do Diabetes mostrou que um em cada dois (232 milhões) diabéticos ainda não foram diagnosticados com a doença. O levantamento é produzido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, da sigla em inglês).

A maior parte das pessoas com diabetes (79%) vive em países em desenvolvimento, como o Brasil. Cerca de 17 milhões de brasileiros entre 20 e 79 são diabéticos. O número é o equivalente a 11,4% da população nessa faixa etária. O último levantamento foi feito em 2017. De lá para cá, o aumento de casos no Brasil foi de 31%. O país está em quinto lugar no número de casos, atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

Cerca de 95.800 crianças e adolescentes menores de 20 anos têm diabetes tipo 1 no Brasil. Isso faz com que o país ocupe o terceiro lugar no ranking mundial de diabetes infantil e adolescente: estamos atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.

Os dados indicam uma tendência de crescimento da doença. Até 2030, a expectativa é que 578 milhões de pessoas no mundo sejam diabéticas. O número pode chegar a 700 milhões de adultos em 2045, o equivalente a 10% da população mundial.

A doença e as complicações relacionadas à ela podem causar a morte de 4,2 milhões adultos em 2019, segundo o levantamento. Atualmente, a estimativa é que a diabetes esteja envolvida em 11% de todas as mortes ocorridas em pessoas entre 20 e 79 anos.

Mais da metade (55,6%) da mortes causadas por complicações da diabetes registradas na América do Sul ocorreram no Brasil. O número compreende pessoas de 20 a 79 anos: foram registados 122.200 óbitos masculinos e 121 mil mortes femininas. Os números são maiores em países de renda média em comparação às nações consideradas de alta renda.

Além do impacto na qualidade de vida dos pacientes, a doença atinge a economia. Os custos mundiais diretamente relacionados ao diabetes em pessoas entre 20 e 79 anos cresceram de US$ 232 bilhões em 2007 para US$ 727 bilhões em 2017. A estimativa é que os gastos cheguem a US$ 760 bilhões (pouco mais de R$ 3 trilhões) em 2019. Levando em conta o crescimento no número de pacientes, a estimativa é que esses gastos aumentem 8% até 2030 e 11% até 2045.

A desigualdade no acesso a cuidados de saúde de qualidade, particularmente em países de baixa e média renda, é um dos principais fatores apontados pela pesquisa para justificar o aumento nos casos de diabetes. A falta de diagnóstico, o tratamento inadequado e a falta de acesso a medicamentos e dispositivos essenciais para o controle da doença são outras justificativas para o crescimento da diabetes no mundo.

A doença pode ser dividida em três tipos:

  • Tipo 1: o pâncreas não produz insulina, que é o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. Mais comum em crianças e jovens, a doença ocorre em cerca de 5 a 10% do total de pacientes diagnosticados com diabetes. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais.
  • Tipo 2: o mais comum da doença, totalizando quase 90% dos casos. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta.
  • Diabetes gestacional:  acomete grávidas que geralmente têm histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade e problemas respiratórios, entre outros.

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