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Mesmo com Covid, não podemos esquecer a dengue, diz Drauzio Varella

Médico afirmou, em evento online, que apesar dos holofotes estarem na Covid-19, combate ao Aedes Aegypti ainda é importante

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Drauzio Varella
1 de 1 Drauzio Varella - Foto: Globo/Divulgação

O combate ao novo coronavírus é primordial em todos os países do mundo, sobretudo no Brasil, onde a vacinação ainda está avançando para frear os novos casos da doença. Porém, mesmo assim, é preciso continuar atento e não se descuidar das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como a dengue, a zika e a chikungunya.

Apesar de registrar uma redução no número de casos da doença em relação ao ano passado, os casos de dengue ainda preocupam os organismos de saúde brasileiros que já têm que lidar com a epidemia de Covid-19 e a presença das novas variantes.

Dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontam que de janeiro até o último dia 4 de setembro, o Brasil notificou mais de 645 mil casos de dengue – número 50% inferior em relação ao mesmo período de 2020.

Durante participação em um webinar organizado pela SBP, marca de repelentes e inseticidas da Reckitt Hygiene Comercial, nesta quarta-feira (15/9), o médico Drauzio Varella afirmou que, apesar do número de casos estar na casa dos 600 mil, a quantidade de pessoas infectadas é muito maior.

“As equipes de saúde estão praticamente todas voltadas ao tratamento da Covid-19. O número de pessoas infectadas pela dengue é quatro vezes maior do que o que registram os órgãos de saúde. É preciso lembrar que existem ainda muitas comunidades vulneráveis e de difícil acesso, principalmente na região amazônica”, declarou Varella.

Situação da dengue no país

Apesar de a região Norte ser a mais associada a doenças transmitidas por mosquitos como a malária e febre amarela, é no Centro-Oeste onde o número de casos de dengue é maior (490,8 casos/100 mil hab.). Ainda de acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, os estados que apresentaram a maior incidência do país foram Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A região amazônica, para surpresa dos especialistas, foi a com menor número de pessoas diagnosticadas (154,3 casos/100 mil hab.).

Até o início deste mês, ainda segundo o último Boletim Epidemiológico, foram confirmados 281 casos de dengue grave e 3.464 casos de dengue com sinais de alarme. Mais de 180 notificações ainda estão sob investigação do Ministério da Saúde. Em relação ao número de óbitos, até agora foram confirmadas 183 mortes.

Cuidados preventivos

Para evitar a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, os cuidados básicos são:

– Manter o terreno de casa limpo e sem toneis ou recipientes com água parada;
– Remover entulhos que possam ser criadouros do mosquito;
– Manter as calhas sempre limpas;
– Colocar terra em vasinhos de plantas para evitar o acúmulo de água;

Se, mesmo com os cuidados necessários, você for picado pelo mosquito e sentir os primeiros sintomas da dengue, deve imediatamente procurar qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS). Os primeiros sinais da doença são febre alta (acima de 39 graus), dores de cabeça e no corpo, além de uma forte dor nos olhos, fadiga e mal-estar.

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