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Menino tem AVC como complicação da catapora 11 meses depois da doença

Complicação da catapora em crianças é rara, com quadros graves sendo mais comuns em adultos. Entenda o caso

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Menino sofreu um AVC por culpa da catapora 11 meses depois do pico da doença
1 de 1 Menino sofreu um AVC por culpa da catapora 11 meses depois do pico da doença - Foto: Reprodução/Instagram

Muitas famílias brasileiras consideram a catapora uma doença simples e até preferem que as crianças tenham contato com o vírus da varicela ainda na infância, já que a condição raramente é grave. Porém, além de a catapora aumentar o risco de herpes-zóster no futuro, ela pode ter complicações raras e sérias mesmo em crianças.

Foi o que aconteceu com o inglês Freddie Rushton, de 5 anos. Em maio de 2023, o menino sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) – o quadro foi uma complicação da catapora que ele teve 11 meses antes de apresentar os sintomas do derrame.

Repentinamente, Freddy ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Ele não conseguia falar e os médicos disseram à família que o menino talvez nunca mais voltasse a andar, o que, felizmente, não ocorreu.

Os médicos que o atenderam suspeitaram que o vírus da varicela tivesse causado o derrame. Freddie foi submetido a uma punção lombar, que encontrou o vírus presente em seu líquido espinhal e confirmou o diagnóstico.

A mãe, Sarah Kilgariff, de 43 anos, não tinha ideia de que o AVC poderia ocorrer em crianças e menos ainda que poderia ser desencadeado pela catapora.

Catapora grave

As complicações da catapora em crianças ocorrem quando o vírus infecta os pulmões, o cérebro, o coração ou o fígado e costumam aparecer até seis meses após a infecção, o que torna o caso de Freddie ainda mais raro.

O vírus levou a uma restrição dos vasos sanguíneos no cérebro do menino, o que acabou progredindo para o AVC. Freddie passou por um tratamento para resolver a infecção residual da catapora e usou medicações para aliviar a pressão no crânio.

Mesmo tendo se recuperado do derrame, ele precisou reaprender a comer e engolir, funções que foram prejudicadas pela paralisia – durante a internação, o menino teve de usar um tubo de alimentação por semanas.

Freddie também precisou fazer fisioterapia para recuperar o movimento da perna esquerda, mas ainda sofre com as consequências do AVC.

“Ele ainda tem alguma fraqueza residual no lado esquerdo e tropeça um pouco, mas espero que ele melhore com o tempo. O AVC nos abalou muito psicologicamente e a ele também. Meu filho voltou a usar fraldas e ainda tem dificuldades para falar”, lamenta a mãe em entrevista ao Daily Mail.

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A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo
Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus
Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente
Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga
O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção
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Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora. O diagnóstico normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, além da observação das lesões na pele

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A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo

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Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus

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Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente

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Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga

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O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção

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Durante o tratamento também deve-se tomar cuidados como lavar diariamente a região afetada, sem esfregar, e secar bem o local. Utilizar roupa de algodão e confortável, colocar uma compressa fria de camomila sobre a região e não aplicar pomadas ou cremes sem prescrição médica

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Entre as complicações mais comuns do herpes-zóster está a continuação da dor por várias semanas ou meses mesmo após o desaparecimento das bolhas na pele. Entre as menos comuns está a inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando acompanhamento de um oftalmologista

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A vacina é a única forma eficiente de evitar a doença e suas complicações. Até então, o imunizante era indicada apenas para pessoas maiores de 60 anos. Contudo, recentemente, a vacina para adultos com mais de 18 anos chegou às clínicas particulares brasileiras

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A imunização é feita com duas doses, e cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 – totalizando R$1.686 –, mas o valor pode variar entre as clínicas. A vacina não é ofertada pelo SUS

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Prevenção da catapora

A vacina contra a catapora é distribuída pelo SUS desde 2013, e o esquema vacinal deve ser completado antes dos 7 anos, que é a idade máxima de efetividade da fórmula.

O imunizante é administrado em primeira dose aos 15 meses de idade (tríplice viral + varicela monovalente, ou tetra viral, quando disponível), e a segunda dose, de varicela monovalente, deve ser aplicada aos 4 anos de idade.

Pessoas imunocomprometidas, com doenças dermatológicas graves, pacientes renais crônicos e profissionais da saúde podem receber a vacina independentemente da idade.

Se a criança apresentar sintomas de catapora, é importante que fique em casa, isolada de outras pessoas, por pelo menos sete dias, ou até que as lesões estejam bem secas.

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