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Meningite bacteriana: entenda doença que matou o guitarrista Jeff Beck

Ex-integrante da banda de rock Yardbirds morreu por síndrome causada por diferentes agentes infecciosos. Principal prevenção é a vacinação

atualizado

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Lionel FLUSIN
Jeff Beck durante show comguitarrada pendurada ao pesço enquanto levanta o punho direito e cabeça baixa
1 de 1 Jeff Beck durante show comguitarrada pendurada ao pesço enquanto levanta o punho direito e cabeça baixa - Foto: Lionel FLUSIN

Em decorrência de uma meningite bacteriana, o guitarrista Jeff Beck morreu, nesta quarta-feira (11/1), aos 78 anos. O ex-integrante da banda de rock Yardbirds faleceu “pacificamente”, de acordo com publicação feita no perfil do Twitter do artista.

“Em nome de sua família, é com profunda tristeza que comunicamos a notícia do falecimento de Jeff Beck. Depois de contrair repentinamente meningite bacteriana, ele faleceu pacificamente ontem. Sua família pede privacidade enquanto processa essa tremenda perda”, revela o post.

Meningite bacteriana

A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno, e a doença é particularmente grave e evolui rapidamente. Trata-se de uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causada por uma bactéria.

“O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo, que está dentro da caixa craniana, e pela medula espinhal, que está na coluna vertebral” explica o intensivista pediátrico Marcos Guimarães, do hospital Santa Marta, em Brasília.

Depois de alcançar o tecido que envolve o cérebro, as bactérias se multiplicam sem causar infecções para, então, liberar substâncias nocivas que provocam uma resposta inflamatória.

Os microrganismos podem se espalhar de uma pessoa para a outra por meio das vias respiratórias, por gotículas de saliva e secreções do nariz e garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli.

Os homens são os mais acometidos pela doença. Algumas pessoas, chamadas de portadoras, podem transportar as bactérias sem desenvolver a infecção e ficarem doentes.

A partir da infecção, o indivíduo pode sentir:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Rigidez de nuca;
  • Mal-estar;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Sensibilidade à luz;
  • Confusão mental;
  • Em casos graves: convulsões, delírio, tremores e coma.

Além do risco de morte, Guimarães diz que a meningite bacteriana pode deixar sequelas graves como cegueira, surdez, convulsões, dificuldades no aprendizado e motoras.

A partir da suspeita, o paciente pode ser submetido a um exame de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor). Para confirmar o diagnóstico podem ser feitos exames como o quimiocitológico do líquor, bacterioscopia direta, cultura, aglutinação pelo látex e Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR).

Tratamento e Prevenção

O paciente é tratado em isolamento respiratório no hospital com o uso de antibioticoterapia, com drogas e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos responsáveis pelo caso. Luvas, máscaras e aventais são utilizados para evitar que a bactéria se espalhe.

A síndrome, que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, pode ser prevenida pelas vacinas:

  • Vacina meningocócica C (Conjugada): contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
  • Pentavalente: contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B;
  • Meningocócica C (Conjugada): contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
  • Meningocócica ACWY (Conjugada): contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.

As vacinas estão disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização (PNI). Já os exames laboratoriais estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Eles são solicitados pela equipe médica ou de vigilância epidemiológica durante o acompanhamento do caso.

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