Menina passa por 30 consultas sem médicos perceberem tumor cerebral
Ao longo de três anos, as enxaquecas e náuseas da criança foram interpretadas como problemas de visão, má alimentação e outros
atualizado
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A menina inglesa Tia Gordon, de 11 anos, tem um tumor cerebral que foi ignorado por anos pelos médicos. Ela passou por cerca de 30 consultas com profissionais da saúde antes de descobrirem que a enxaqueca e a náusea que a criança sofria eram sinal do tumor.
Ao longo de três anos com sintomas, Tia passou por consultas com clínicos, pediatras, nutricionistas e oftalmologistas. A possibilidade de um câncer nunca foi apontada por eles.
Segundo a mãe da menina, Imogen Darby, a orientação de alguns médicos foi trocar de óculos, tomar mais água, ir ao fisioterapeuta e mudar a dieta. Nada fazia Tia melhorar, mas os profissionais de saúde seguiam tratando o tema como um assunto sem importância. Nenhum dos profissionais a encaminhou para uma ressonância magnética, que diagnosticaria o tumor.
“Me entristece ver que tantos profissionais estavam despreparados. Tia sofreu tanto tempo por algo que poderia ter sido detectado a qualquer momento. Demos muita sorte, neste caso, de não termos descoberto o problema tarde demais”, afirmou a mãe em suas redes sociais.
Enquanto esperava pelo diagnóstico, a menina começou a vomitar diariamente no período entre novembro de 2023 e janeiro de 2024. Tia começou a tremer no final de janeiro e a mãe decidiu que a levaria na emergência e só sairia de lá quando soubesse o que estava acontecendo.
Tumor só foi encontrado em 2024
Uma tomografia computadorizada revelou o tumor no cérebro de Tia, que é um astrocitoma pilocítico – o tipo mais comum de tumor cerebral infantil. A doença é um acúmulo de líquidos no cérebro que comprime o órgão, prejudicando suas funções. A remoção cirúrgica costuma resolver o problema.
No mesmo dia, Tia foi operada em uma cirurgia que durou 10h. No procedimento, 96% do tumor foi retirado e os sintomas que tanto dificultaram a vida da menina desapareceram.
Agora, ela faz uma ressonância magnética a cada três meses, periodicidade que vai manter durante os próximos cinco anos para acompanhar eventuais progressões do tumor.
“Temos uma longa e difícil reabilitação pela frente, mas ela pelo menos não sofre mais todos os dias. Isso já é o bastante para mim como mãe”, conclui Imogen.
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