Memória imunológica ajuda na proteção ao coronavírus, indicam pesquisas
Ter tido contato com outros coronavírus, que causam 20% dos resfriados comuns, proporcionaria ao corpo uma resposta eficiente à nova ameaça
atualizado
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Dois novos estudos – um alemão e outro norte-americano – oferecem explicações para o fato de que muitas pessoas infectadas pelo novo coronavírus desenvolvem apenas um resfriado ou são até assintomáticas.
A resposta estaria em um histórico anterior de contato com os outros coronavírus, que são bem mais leves e causam cerca de 20% dos resfriados comuns.
A hipótese dos pesquisadores é a de que, a partir da memória adquirida no combate aos resfriados comuns, os linfócitos (células de defesa) saberiam como reagir aos Sars-CoV-2. O organismo iniciaria um ataque inteligente ao vírus, apesar de o corpo ainda não ter anticorpos específicos contra ele.
Caso seja confirmada, a explicação ajudaria a saber o quão imune ao Sars-Cov-2 uma pessoa é, e também permitiria uma forma mais segura e rápida de testar vacinas. A pesquisa norte-americana é de autoria do Instituto de Imunologia de La Jolla e foi publicada no site da revista científica Cell. A pesquisa alemã é da Universidade de Berlim e do Instituto Max Planck.