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Médicos recomendam o que fazer para aliviar sintomas da menopausa

Alguns sintomas da menopausa são bastante incômodos e afetam a qualidade de vida das mulheres. Especialistas orientam como aliviá-los

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Mulher idosa se exercitando e alongando em casa
1 de 1 Mulher idosa se exercitando e alongando em casa - Foto: Getty Images

A menopausa ocorre quando a mulher deixa de menstruar, sinalizando o fim da fase reprodutiva feminina. Os primeiros sintomas de que ela está se aproximando surgem, geralmente, entre os 45 e os 55 anos, e são consequência de uma redução na produção dos hormônios estrogênio e progesterona.

A queda hormonal no período desencadeia ondas de calor, insônia e mudanças no humor, impactando diretamente a qualidade de vida das mulheres.

O ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, integrante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), detalha que a ausência do estrogênio provoca um desequilíbrio no sistema vasomotor do corpo, que é responsável por regular a temperatura.

“Com a falta desse hormônio, ocorre uma dilatação das veias periféricas, que estão logo abaixo da pele, fazendo com que o sangue, que tem uma temperatura de cerca de 37 graus, migre para a superfície, ativando os receptores de calor e gerando uma sensação intensa de calor. Esse é o famoso fogacho“, explica.

Segundo Alexandre, os fogachos tendem a ocorrer com mais frequência durante a madrugada, embora a razão exata para isso ainda não seja completamente compreendida.

Os sintomas da menopausa podem afetar a qualidade de vida da paciente, como ocorre em outras condições médicas. Nesses casos, é importante buscar ajuda para administrá-los. “Quando os sintomas interferem no bem-estar e na capacidade de seguir a rotina diária – seja no trabalho, vida social ou familiar – é hora de buscar uma intervenção médica mais intensa”, explica o ginecologista.

Como melhorar os sintomas da menopausa

O endocrinologista e metabologista Gustavo Francklin, da Clínica Endohealth, em Brasília, afirma que a reposição hormonal, especialmente com estrogênio, é eficaz para aliviar os sintomas da menopausa. “Cada paciente deve ter seu quadro clínico avaliado para definir quais hormônios serão repostos, já que podem haver contraindicações”, ressalta.

Ele aponta que uma das queixas frequentes é relacionada ao sono e, nesse quesito, as primeiras providências são criar um ambiente confortável e fresco no quarto, evitar cafeína e álcool antes de dormir e praticar técnicas de relaxamento como meditação e respiração profunda.

O ginecologista Alexandre Pupo alerta que, embora a reposição de estrogênio seja uma das principais formas de tratamento, seu uso deve ser feito com cautela e sempre sob supervisão médica.

“O estrogênio tem o efeito de estimular a proliferação das células do endométrio, o tecido que reveste o interior do útero, o que pode aumentar o risco de câncer de endométrio se não houver controle adequado”, explica o especialista.

Além da reposição hormonal

Alexandre ressalta a importância de manter uma alimentação saudável, com baixo consumo de gorduras, evitando frituras e reduzindo a ingestão de carboidratos, como farinha branca e açúcar. Além disso, a prática regular de atividades físicas é fundamental.

“A prática diária de exercícios ajuda a controlar os efeitos da menopausa. Sabemos que a liberação de endorfina, o ganho de massa muscular e outros benefícios do exercício minimizam os sintomas negativos desse período”, explica o ginecologista.

De acordo com o endocrinologista Gustavo, existem várias opções não hormonais para tratar os sintomas da menopausa, incluindo:

  • Fitoterápicos: produtos à base de plantas como a cimicifuga racemosa e isoflavona costumam aliviar os sintomas;
  • Estilo de vida saudável: dieta equilibrada, exercícios regulares e técnicas de manejo do estresse;
  • Atividades prazerosas: se manter ativa e engajada em hobbies e atividades sociais;
  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): pode ajudar a gerenciar sintomas de ansiedade e depressão.

“Comparadas às terapias hormonais, essas opções são bem menos eficazes, mas são uma alternativa importante para aquelas que não podem ou não desejam usar hormônios”, diz Gustavo.

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