1 de 1 Foto colorida de uma mulher examinando a pele de uma pessoa - Metrópoles
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Cidade do Panamá – O câncer de pele tem muitas variações, mas a mais grave delas é o melanoma. Ele atinge as camadas mais profundas da pele e é capaz de alcançar nível metastático, ou seja, se espalhar para outros órgãos. Há vários tipos de melanomas e um deles, o melanoma acral, afeta especialmente às populações do Norte do Brasil.
O melanoma acral é característico das populações do Caribe, da América Central e da região Amazônica. Ele aparece geralmente nas extremidades do corpo – mãos e pés – podendo ser tanto na planta como no dorso dos membros.
De acordo com o oncologista Matías Chacón, especialista em melanomas do Instituto Fleming, de Buenos Aires, este tipo de tumor tem um componente genético ligado às populações nativas da América ou do Norte da África, mas faltam dados específicos que permitam entender quantas pessoas são atingidas no mundo e no Brasil.
Matías Chacón considera o melanoma acral como um dos tipos mais graves de tumores ligados à pele. “Este tipo de tumor atinge pessoas que não têm as formas mais clássicas de câncer de pele e é extremamente agressivo. No geral, o tratamento tem de ser rápido com uma retirada cirúrgica de toda a área afetada”, explicou o médico durante o seminário de oncologia Cada Minuto Cuenta, realizado no Panamá, entre 3 e 5 de outubro.
Como se trata o melanoma acral?
Assim como outros tipos de melanoma, o acral aparece com manchas marrons ou pretas com bordas irregulares. Uma de suas especificidades é que ele não depende diretamente da exposição intensa ao sol, podendo aparecer na parte debaixo dos pés ou de dentro das mãos.
Tumores deste tipo, muitas vezes, são negligenciados, pois as pessoas costumam imaginr que sejam manchas, especialmente quando aparecem nas unhas.
“Os melanomas acrais debaixo da unha são os mais perigosos. Eles parecem muito com hematomas e só começam a preocupar as pessoas quando a unha cai e o tumor já está em estado avançado. É comum que o tratamento envolva a retirada de grandes proporções de pele e, às vezes, a retirada de todo um dedo”, detalha o especialista.
Segundo Chacón, existe a possibilidade de cura, mas depende da retirada completa do melanoma e de evitar a formação de metástases que costumam atingir o sistema ósseo.
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga
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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas
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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento
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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia
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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”
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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”
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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais
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O repórter Bruno Bucis viajou ao seminário de oncologia Cada Minuto Cuenta, realizado no Panamá, à convite da Pfizer.
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