Covid: saiba se vacinas atuais protegem contra a nova linhagem XEC
A XEC foi registrada em pelo menos três estados brasileiros. Médicos alertam sobre importância de estar com todas as doses da vacina em dia
atualizado
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Pelo menos três estados brasileiros já têm casos de Covid-19 relacionados à XEC, uma nova linhagem da Ômicron. Os pacientes foram identificados no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
Da mesma forma que ocorreu nas outras fases da pandemia, a vacinação continua a ser a melhor estratégia de prevenção contra a Covid.
A vacina contra o coronavírus disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é a monovalente XBB. “A XEC é uma variante da Ômicron, as vacinas que temos seguramente geram uma boa proteção”, esclarece a médica Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Isabella explica que, embora a tecnologia de RNA mensageiro — usada nos imunizantes da Pfizer — facilite a atualização de vacinas, é natural que novas variantes do vírus surjam antes de atualizações. No entanto, como as alterações no vírus são pequenas, a regra é que os imunizantes continuem oferecendo proteção contra quadros graves da doença.
A infectologista Rosana Richtmann, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), ressalta a importância de estar com as vacinação em dia.
“Estar atualizado com todas as vacinas — e incluo também as de gripe, vírus sincicial respiratório, pneumonia — é sempre muito importante. Quando você tem algum fator estressor, como a infecção por essa nova linhagem, se você estiver vacinado, estará melhor protegido. A vacina garante que o seu caso não vai evoluir para a doença mais grave, com risco de morte”, esclarece Rosana.
Xec, nova linhagem da Ômicron
A XEC é uma nova linhagem da variante Ômicron. Ela foi identificada pela primeira vez em junho deste ano, na Alemanha, e rapidamente se espalhou por outros 35 países da Europa, América do Norte, Ásia e Oceania.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma variante sob monitoramento em 24 de setembro. Essa classificação é dada quando uma cepa apresenta mutações no genoma que podem afetar o comportamento do vírus, com uma vantagem de crescimento em comparação com outras variantes circulantes. Cientistas acreditam que ela tem potencial para se tornar a cepa dominante, substituindo a JN.1.
“O que sabemos até agora é que ela é muito semelhante ao que estávamos vendo com as outras linhagens. O que preocupa sempre é a capacidade de transmissibilidade. Quanto mais ela escapa da nossa resposta imune, mais facilmente se dissemina pela população. E sempre tem pessoas mais vulneráveis, que deveriam estar vacinadas, e nesses sim, podendo ser uma doença mais grave”, afirma Rosana.
Sintomas da XEC
Os sintomas da nova versão do coronavírus são semelhantes aos apresentados por pacientes nas ondas anteriores da pandemia da Covid-19. Eles têm se queixado de:
- febre;
- dor de garganta;
- tosse;
- dores no corpo;
- perda do olfato;
- perda do paladar.
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