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Médico explica como reconhecer um AVC (acidente vascular cerebral)

Saiba quais são os sintomas do entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos do cérebro

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ilustração de tumor no cérebro
1 de 1 ilustração de tumor no cérebro - Foto: Getty Images

O acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como derrame, causa cerca de seis milhões de mortes no mundo por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele acontece quando há um entupimento ou um rompimento de vasos sanguíneos cerebrais, que interrompe o fluxo do sangue para o órgão, lesionando-o.

O radiologista Igor Santos, superintendente de inovação e dados da Fundação Instituto de Pesquisa em Diagnóstico por Imagem, explica que os principais sintomas de um AVC são:

  • paralisia ou fraqueza dos braços ou pernas de um dos lados do corpo;
  • formigamento em apenas um dos lados do rosto, braço ou perna;
  • dificuldade para falar;
  • confusão mental;
  • paralisia da metade inferior da face;
  • perda repentina da visão, parcial ou total;
  • e dificuldade para engolir.

“Reconhecer os sinais do derrame cerebral rapidamente ajuda a reduzir o risco de sequelas”, afirma o especialista. A seguir, ele comenta alguns mitos e verdades relacionados à doença. Confira:

O AVC está entre as doenças que mais matam no Brasil?

Verdade. De acordo com a OMS, o acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda maior causa de mortes no mundo. Os derrames também são responsáveis pela incapacitação de muitos pacientes. O especialista explica que durante a manifestação da doença, aproximadamente 120 milhões de células cerebrais morrem por hora, resultando na perda da movimentação de áreas do corpo controladas por essas células.

O AVC ocorre apenas uma vez no paciente?

Mito. É justamente o contrário. Segundo a Associação Americana de AVC, um a cada quatro sobreviventes de um derrame cerebral ou infarto provavelmente passará por outro. Na maior parte das vezes, as mesmas condições que levaram ao primeiro AVC – tabagismo, obesidade e diabetes – não são adequadamente administradas.

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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro

Agência Brasil
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala

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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas

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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas

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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar

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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC

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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes

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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC

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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados

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Pacientes que sofre um AVC têm poucas chances de cura?

Mito. As chances de cura vão depender do diagnóstico da pessoa e do tratamento ao qual ela for submetida. Os tratamentos existentes são distintos para cada tipo de AVC.

Para o acidente vascular cerebral isquêmico, quando há entupimento dos vasos sanguíneos, é possível liberar o vaso obstruído para que a circulação e a pressão arterial na região sejam normalizadas. Já para o acidente vascular cerebral hemorrágico, quando há rompimento dos vasos, é preciso conter a hemorragia imediatamente.

“É importante ressaltar que em um episódio agudo de AVC, o atendimento em pronto-socorro deve ocorrer o mais rápido possível para evitar que os danos ao cérebro aumentem a cada minuto”, alerta Igor Santos.

Superada essa primeira etapa, o tratamento deve ser direcionado à prevenção de novos derrames, que podem voltar a ocorrer caso não sejam devidamente acompanhados.

O uso de pílula anticoncepcional aumenta o risco de AVC?

Verdade. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, os anticoncepcionais podem aumentar o risco de surgimento de AVC, principalmente, em mulheres fumantes, com hipertensão arterial ou enxaqueca crônica. Por isso, é necessário fazer acompanhamentos frequentes do uso do medicamento.

A causa da doença é genética?

Mito. Apesar do histórico familiar contribuir em grande parte para as chances de ter um AVC, é necessário se atentar também aos fatores de risco. O ideal é fazer a investigação de todos os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença e ter a abordagem correta com um médico. Assim, será possível modificar hábitos danosos e tentar prevenir a doença de maneira mais efetiva.

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