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Médicas destacam a importância de vacinar bebês prematuros em webinar

Evento online da farmacêutica Sanofi também reafirmou que vacinar bebês prematuros não prejudica o desenvolvimento da criança

atualizado

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Pixelistanbul/istock.com
Bebê prematuro
1 de 1 Bebê prematuro - Foto: Pixelistanbul/istock.com

Um evento realizado pela empresa farmacêutica Sanofi nesta quarta-feira (9/11) destacou a importância da vacinação de bebês prematuros nos primeiros meses de vida. O webinar contou com a participação da neonatologista Lilian Sadeck, da médica Sonia Maria de Faria, do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) de Santa Catarina, e de representantes da ONG Prematuridade.com.

De acordo com as médicas, a imunização de bebês prematuros é muito importante para proteger as crianças nos primeiros meses de vida, garantindo melhor saúde e qualidade de vida. A neonatologista Lilian explicou que crianças nascidas em pré-termo extremo, ou seja, até 28 semanas, têm maiores chances de desenvolver problemas respiratórios crônicos e cardíacos.

O risco, no entanto, diminui significantemente quando a vacinação é aplicada conforme a orientação do calendário de imunização infantil. “Os nascidos em pré-termo extremo e até 29 semanas de gestação correm mais risco pois têm o sistema imunológico mais imaturo, apresentando menor produção de imunoglobina e de glóbulos brancos, que atuam na defesa do organismo”, explica a médica.

A indicação é aplicar quatro doses do imunizante contra a hepatite B em bebês prematuros, começando nas primeiras 12 horas de vida. As especialistas explicam que, apesar de a recomendação ser a vacinação em bebês que nascem com mais de 2kg, o critério não significa menor eficácia em bebês abaixo do peso indicado.

“É uma questão de eles apresentarem menos tecido epitelial para poder aplicar, mas o efeito é o mesmo”, explica Sonia.

Após a imunização contra a hepatite B, o calendário vacinal deve ser seguido normalmente, de acordo com a idade cronológica do bebê. As outras vacinas devem ser aplicadas aos 2, 4, 6 e 12 meses em bebês clinicamente estáveis, ou seja, que não apresentam infecções nem problemas respiratórios ou circulatórios agudos.

Redução da taxa de vacinação infantil

As especialistas também ressaltam que a queda das taxas de vacinação infantil gera um forte impacto na saúde populacional, podendo levar ao ressurgimento de doenças evitáveis com a devida imunização.

“O Brasil sempre foi campeão em taxa de cobertura, e agora os níveis estão muito baixos para bebês que nascem em termo. Podemos imaginar quanto esses números caem ainda mais quando se trata de prematuros. Temos as vacinas, mas cabe à população aplicá-las nas crianças”, destaca Lilian.

No caso de bebês impossibilitados de receberem os imunizantes nos primeiros meses de vida, as médicas recomendam a proteção indireta, com os familiares vacinados e devidamente protegidos contra doenças infecciosas transmitidas por vírus e bactérias – como a difteria, coqueluche, poliomielite e rotavírus.

A vacinação de prematuros deve ser prescrita por um neonatologista. Os imunizantes são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e podem ser aplicados em qualquer unidade básica de saúde.

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