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Medicamento apresenta eficácia de 100% na prevenção contra o HIV

Usado como PrEP (profilaxia pré-Exposição), o remédio injetável foi capaz de evitar a infecção pelo vírus HIV em 100% das voluntárias

atualizado

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Divulgação/Gilead
Lenacapavir remédio sunlenca HIV
1 de 1 Lenacapavir remédio sunlenca HIV - Foto: Divulgação/Gilead

Os resultados do ensaio clínico com o antirretroviral lenacapavir contra o vírus HIV foram publicados nesta quarta-feira (24/7) no New England Journal of Medicine (NEJM). As informações também foram apresentados na 25ª conferência internacional sobre a Aids, que acontece em Munique, na Alemanha.

Usado como PrEP (profilaxia pré-Exposição), o remédio injetável foi capaz de evitar a infecção pelo vírus HIV em 100% das voluntárias. O estudo comparou a eficácia do lenacapavir com a de outros dois medicamentos de administração oral (Truvada e Descovy), que também são usados como PrEP.

A profilaxia pré-exposição consiste em estratégias para reduzir o risco de infecções pelo vírus em relações sexuais.

Os medicamentos foram testados em 5.338 mulheres cisgênero de Uganda e da África do Sul. Nenhuma das 2.134 voluntárias que receberam as infeções com lenacapavir foi infectada com o HIV, sendo que ocorreram 16 infecções entre as 1.068 mulheres que tomaram Truvada e 39, entre as 2.136 que receberam o Descovy.

Lenacapavir

O lenacapavir foi desenvolvido em 2021 pela farmacêutica Gilead e já é usado como tratamento pós-exposição contra o HIV nos Estados Unidos, Europa e Canadá. A medicação não tem registro no Brasil, pois a farmacêutica ainda não protocolou o pedido no país.

No estudo, foram aplicadas duas injeções nas voluntárias com intervalo de seis meses entre as doses. Os resultados são referentes a um ano de acompanhamento.

A possibilidade de administrar o remédio com injeções é considerada uma vantagem, pois facilita a adesão ao tratamento. “Esse estudo traz um resultado excelente para nós. Pela primeira vez, temos uma estratégia testada em um grande número de pessoas que levou a zero infecções”, explicou o infectologista Sidnei Pimentel, especialista do Centro de Referência e Treinamento IST/aids (CRT) de São Paulo, em entrevista anterior ao Metrópoles.

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