Média de mortes por Covid-19 do Brasil cai e EUA voltam ao topo do ranking
Nesta quarta-feira (5/7), o Brasil contabilizou taxa de 1.022, uma redução de 3,2% em relação aos 14 dias imediatamente anteriores
atualizado
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Há oito semanas, a média móvel diária de óbitos no Brasil por Covid-19 está na casa dos milhares e deixou o país por quase 60 dias no topo do ranking mundial.
Nessa quarta-feira (5/7), no entanto, os Estados Unidos marcaram o nono dia na dianteira, superando o Brasil — que contabilizou média de 1.022 — ao registrar taxa diária de 1.028 óbitos nos últimos 7 dias.
O valor por aqui representa uma redução de 3,2% em relação aos 14 dias imediatamente anteriores, segundo levantamento do (M)Dados, núcleo de dados do Metrópoles, com base no último balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A variação, mesmo que negativa, indica estabilidade.
Nos país norte-americano, a situação voltou a piorar e dezenas de estados tiveram que suspender ou reverter seus planos de reabertura. O país mais afetado pelo vírus enfrenta um crescimento exponencial de infecções, depois de uma melhora no final da primavera (em junho), especialmente nos estados do sul.
Veja gráfico:
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia da Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou casos está longe do ideal. Isso porque eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos finais de semana, por exemplo, é comum perceber uma redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total dos óbitos dos sete dias anteriores.
Como devemos analisar os números?
Por conta do tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação dos especialistas: comparar a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. As variações no número de mortes ou de casos de até 15% para mais ou para menos caracterizam estabilidade da doença.