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Saiba problema que fez medalhista brasileiro quase parar de andar

Caio Bonfim, medalhista brasileiro na marcha atlética, desenvolveu uma deficiência grave de cálcio que chegou a ameaçar a sua locomoção

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Michael Steele/Getty Images
Brasiliense Caio Bonfim conquista a prata na marcha 20 km das Olimpíadas 2024 Paris
1 de 1 Brasiliense Caio Bonfim conquista a prata na marcha 20 km das Olimpíadas 2024 Paris - Foto: Michael Steele/Getty Images

O medalhista olímpico Caio Bonfim, 33 anos, viveu dificuldades relacionadas à locomação antes de se tornar atleta profissional. Ainda criança, Caio precisou se submeter a uma cirurgia de joelho no hospital Sarah Brasília.

“O Caio é acompanhado aqui no hospital desde que tinha um ano e nove meses, aos dois anos de vida foi operado pelo doutor Álvaro Nomura. Todos aqui estamos celebrando muito a vitória dele”, comentou a diretora da Rede Sarah de hospitais, Lúcia Willadino Braga.

Devido à intolerância à lactose, Caio não consumia leite quando era criança, isso provocou uma deficiência grave de cálcio no organismo dele, que resultou em uma desmineralização dos ossos.

As pernas do menino ficaram arqueadas devido à deficiência nutricional e, para garantir o desenvolvimento normal dele, foi necessário realizar uma cirurgia de correção. “Ainda se falava pouco sobre a intolerância à lactose e sobre a necessidade de suplementar a alimentação, então ele teve essa carência de cálcio com consequências muito graves”, conta o médico Álvaro Nomura.

Segundo ele, após a cirurgia, Caio ficou com as pernas imobilizadas durante dois meses, sem realizar movimento nenhum. A recuperação foi boa e, após retirar o gesso, a criança retomou os movimentos de maneira normal. Álvaro reencontrou o medalhista olímpico quando Caio tinha 17 anos e já era atleta profissional, aquela altura ele era lateral do Brasiliense.

Olimpíadas de Paris

Nesta quinta-feira (1º/8), o brasiliense Caio Bonfim ganhou medalha de prata nas Olímpiadas de Paris na competição de marcha atlética. O brasileiro natural de Sobradinho (DF) ficou na 2ª posição, com o tempo de 1h19min09s.

Após sua conquista, Caio disse que se inspirou no velocista Joaquim Cruz e lembrou a dedicação ao esporte. “Eu cresci com Joaquim Cruz. A nossa Bolsa Atleta, começou por causa do resultado dele. E hoje tenho uma medalha igual a ele. É um momento especial que representa todos esses anos. Olimpíada não representa apenas um ciclo olímpico. É toda uma vida”, disse o brasiliense.

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