Queda de massa magra do Ozempic preocupa usuários idosos. Entenda
Farmacêutica admite uma redução da massa muscular, mas diz que ela é baixa e não compromete o uso do remédio
atualizado
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Pessoas acima dos 65 anos estão sendo desaconselhadas por médicos nos Estados Unidos a usar remédios como o Ozempic. O medicamento leva a uma perda de peso como parte da ação da semaglutida, entretanto, esta diminuição nos ponteiros da balança vai além da queda dos níveis de gordura — ela pode representar também uma baixa de massa magra, podendo prejudicar idosos.
Segundo a Novo Nordisk, farmacêutica que fabrica o remédio, é prevista uma queda da massa magra dos usuários, mas ela não prejudica a segurança ou efetividade do uso do remédio para pessoas idosas.
“Os resultados mostraram que há uma diminuição tanto da massa gorda quanto da massa magra, mas com uma diminuição maior da gordura. Há um aumento na proporção de massa magra em relação à massa corporal total, indicando uma melhora geral com tratamento com semaglutida”, afirma a empresa.
A relação do Ozempic e a massa magra
O Ozempic é um remédio que foi criado para o controle da diabetes, mas por ter em sua atuação uma redução do apetite, tem sido usado de forma “off-label” para facilitar o emagrecimento. A perda de massa é especialmente dada pela queima da gordura acumulada, mas pode atingir também a massa muscular.
A farmacêutica garante, porém, que isso não afeta a segurança de pacientes com recomendação médica para usar o Ozempic e que já passaram dos 65 anos. “Não foi identificado nenhum sinal de segurança em relação à perda de massa muscular, ou seja, atrofia muscular e sarcopenia, após a comercialização de remédios com semaglutida”, defende a farmacêutica.
A questão da perda de massa magra é preocupante para idosos. Pessoas após os 50 anos têm uma dificuldade de ganhar músculos que progressivamente avança. A massa muscular é importante para esse público por melhorar a capacidade física, promover o bom funcionamento do metabolismo e até prevenir doenças cardiovasculares e diabetes.
De acordo com uma reportagem do The New York Times, é por este efeito que alguns médicos estão evitando recomendar a pacientes idosos o uso de medicamentos com a semaglutida, salvo nos quadros de obesidade com a exigência de intervenção rápida.
Para a fabricante do medicamento, os benefícios do medicamento superam os riscos. Eles ressaltam, porém, que é preciso manter um controle consciente de peso ao longo do uso para evitar complicações a longo prazo.
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