Devo usar máscara para me proteger contra a fumaça de incêndio?
Ministério da Saúde divulgou uma série de orientações para a população evitar a exposição à fumaça das queimadas
atualizado
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A fumaça intensa e a neblina que assustaram os moradores do Distrito Federal no domingo (25/8) devem continuar nos próximos dias, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A combinação das queimadas que acontecem no país com o tempo seco e a baixa umidade do ar, característicos deste período do ano no Centro-Oeste, já se reflete na qualidade do ar do DF. A última medição do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), feita na manhã desta segunda-feira (26/8), a descreve como “muito ruim”.
Além do combate aos incêndios, algumas medidas devem ser tomadas para evitar a exposição aos poluentes e à fumaça intensa e neblina causadas pelo fogo. Uma delas é o uso das máscaras de proteção facial.
O Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100 por toda a população para reduzir a inalação de partículas finas de poluição.
Para as pessoas que moram próximas às áreas com focos de queimadas, o indicado é usar máscaras cirúrgicas, pano, lenços ou bandanas. Os acessórios ajudam a reduzir a exposição às partículas grossas, melhorando o desconforto das vias aéreas superiores.
De acordo com o pneumologista Eduardo Cartaxo, da Oncoclínicas Brasília, com o alto nível de fumaça e poluição elevada, a população pode sofrer com sintomas como obstrução nasal, tosse, sensação de falta de ar, boca seca e taquicardia.
“A inalação de fumaça pode descompensar as doenças crônicas respiratórias que as pessoas possam ter, como asma, rinite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e aumentar o risco também de eventos cardiovasculares”, explica Cartaxo.
Além do uso da máscara, o Ministério da Saúde recomenda que outras estratégias devem ser seguidas para se manter protegido contra os efeitos nocivos da poluição do ar:
Hidrate-se
Aumentar a ingestão de água e outros líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e mais protegidas.
Fique em casa
Quando possível, é indicado permanecer dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar para evitar ao máximo o tempo de exposição.
Portas e janelas fechadas
As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com maiores concentrações de partículas para minimizar a entrada da poluição nos ambientes.
Atenção ao horário da atividade física
Evite praticar atividade física em horários com maior concentração de poluentes do ar, e entre 12h e 16 horas, quando os níveis de ozônio são mais elevados, orienta o Ministério da Saúde.
A atenção deve ser redobrada para pessoas em maior risco, como crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes. Esses grupos devem estar atentos a sintomas respiratórios e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível para evitar complicações.
Umidifique o ar
O pneumologista Eduardo Cartaxo recomenda o uso de umidificador do ar, contanto que ele tenha a higienização adequada. A lavagem das narinas com soro fisiológico também é indicada.
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