1 de 1 Imagem colorida: mão de mulher dentro de máquina de secar esmalte - Metrópoles
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Secar o esmalte com a ajuda de uma máquina de luz de LED após fazer as unhas pode causar danos ao DNA das células humanas, segundo mostra estudo publicado na terça-feira (17/1), na revista científica Nature Communications.
Essas máquinas se popularizaram nos salões de beleza por garantir unhas secas, sem risco de borrão, em apenas dez minutos. Elas usam lâmpadas de luz ultravioleta (UV) com intensidade muito mais baixa e espectro UV diferente do que as usadas em câmaras de bronzeamento artificial.
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade de Pittsburgh, ambas dos Estados Unidos, afirmam que os raios emitidos pelo equipamento penetram facilmente na pele e podem causar danos à saúde.
Testes em laboratório
Para testar os efeitos da luz, os pesquisadores colocaram células humanas e de camundongos em placas de vidro dentro de uma máquinas secadora de esmalte por duas sessões de 20 minutos, separadas por uma hora de intervalo. Cerca de 20% a 30% das células morreram ao final do experimento.
Em outro teste, eles expuseram células humanas e de camundongos à luz durante 20 minutos por três dias consecutivos. O resultado foi a morte de 70% das células. Na prática, as pessoas costumam passar cerca de dez minutos com os dedos dentro do equipamento a cada ida à manicure.
“Quando vi o efeito da radiação emitida pelo dispositivo de secagem de esmalte em gel na morte celular e que ele realmente transforma as células mesmo após apenas uma sessão de 20 minutos, fiquei surpresa”, disse a principal autora do estudo, Maria Zhivagui, em um comunicado.
O estudo não comprovou a relação da incidência da luz com o aumento do risco de câncer de pele, mas mostrou que as células que permaneceram vivas após o período total de exposição ficaram com sinais de danos no DNA e mutações ligadas à doença.
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga
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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas
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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento
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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia
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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”
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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”
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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais
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Os pesquisadores querem fazer novos estudos, de longo prazo, para entender se a frequência com que as pessoas vão ao salão de beleza podem aumentar este risco. Por precaução, eles sugerem que as pessoas apliquem protetor solar nas mãos antes de ir à manicure ou usem luvas com buracos nas pontas dos dedos.
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