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Mandetta: “Temos tecnologia mas não insumos para produzir testes”

Exames para detectar coronavírus estão sendo importados. Segundo ministro, países estão segurando reagentes

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Luiz Henrique Mandetta
1 de 1 Luiz Henrique Mandetta - Foto: Hugo Barret/Metrópoles

Questionado sobre a capacidade de laboratórios brasileiros produzirem os próprios testes de coronavírus – o Ministério da Saúde está importando alguns milhões de exames rápidos –, o ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que o país tem a tecnologia para criar os testes, mas não possui os insumos para fazê-los.

Segundo Mandetta, os países que possuem os elementos químicos necessários para criar os testes barraram as exportações assim que a crise do coronavírus começou.

“É algo que vamos precisar discutir quando essa crise passar, se essa dependência tecnológica quase de larga escala não nos traz um problema de soberania. Temos capacidade de produzir, mas os produtos para fazer as reações químicas, não. Precisamos importar“, explica o ministro.

Respiradores
Já quanto à adaptação de fábricas automobilísticas e de aspiradores de pó para produzir respiradores (um equipamento de saúde imprescindível para tratar pacientes com insuficiência respiratória, muito comum em casos de Covid-19), Mandetta afirma que não é tão simples assim.

“Temos fábricas que produzem respiradores no Brasil e estão trabalhando dia e noite, aumentaram a produção ao máximo. Mas não é que nem fazer geladeira, que começa sexta e segunda terminou. Você está lidando com um indivíduo na linha tênue entre a vida e a morte, não se pode improvisar”, explica o ministro, que se disse aberto a receber propostas de outros setores da indústria para ampliar a capacidade produtiva.

Mandetta reforça que não se pode esquecer médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, que são o maior patrimônio neste momento de crise. “É um quebra-cabeça muito complexo e estamos trabalhando com uma enormidade de peças. Estamos muito melhores que alguns países e muito piores que outros. O que conseguirmos ganhar de tempo, é sinônimo de vida”, afirma.

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