Mandetta: “Fechar fronteira é ineficaz contra o coronavírus”
Ministro da Saúde afirmou que o principal cuidado são medidas de precaução, como lavar as mãos e evitar aglomerações
atualizado
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, descartou qualquer possibilidade de restrição de mobilidade para conter as infecções por coronavírus.
Nesta quarta-feira de Cinzas (26/02/2020), o ministro afirmou que impedir o deslocamento é “ineficaz”. “Fechar fronteira não tem eficácia. É uma gripe. Teremos que passar por isso, como as outras que a humanidade já superou”, declarou.
O ministro avalia que neste momento o essencial é ter hábitos de precaução, como higiene das mãos e evitar aglomerações. “As pessoas falaram muito do Carnaval, mas nossa preocupação foi com as pessoas que deixaram o país. Aqui temos um ambiente controlado e estável”, ponderou.
Mesmo com alerta e medidas restritivas em países como China e Itália, o ministro não anunciou nenhum posicionamento mais enérgico do governo brasileiro.
“Não dá para fazer medidas restritivas. O mundo é globalizado. O que temos que fazer é monitorar como o vírus vai se comportar no hemisfério sul”, afirmou, se referindo a um caso confirmado na Argélia.
Ele ressaltou. “Não se tem como bloquear as pessoas. A regra continua sendo: se tem sintomas, não viaje. Se não tinha sintoma, mas se está vindo de áreas que tem a contaminação acontecendo, procure atendimento médico”, concluiu.
Suspeitas no Brasil
Após a confirmação do primeiro caso de um brasileiro infectado com coronavírus, o Ministério da Saúde informou que atualmente o país tem 20 casos suspeitos em investigação.
Paraíba (1), Pernambuco (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (2), São Paulo (11) e Santa Catarina (2) estão na lista de unidades com casos que estão sendo apurados.
No Brasil, entre os infectados a pessoa mais jovem tem 20 anos e a mais velha 68 anos. Os casos suspeitos são de pessoas que viajaram para países como Itália, Alemanha, Franca, Espanha e China.