Mandetta: “Aumento do coronavírus é como escalada do Everest”
“Se conseguirmos alargar o pico, muitos terão dificuldades, mas a caminhada será menos pesarosa”, diz o ministro da Saúde
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, nesta quarta-feira (18/03), que o governo tem conhecimento de que medidas de maior restrição podem ser necessárias para conter a epidemia do novo coronavírus no país. Ele ressaltou, no entanto, que “não adianta fechar tudo” como “tem sido insinuado por alguns governadores”.
“Logística é interesse nacional. Não adianta fechar tudo e segurar o frango que está pronto para chegar. Se não chegar o cloro para colocar na água, que vai ser bebida pelos brasileiros, cai a qualidade. Ações precisam ter ótica mais centralizada”, afirmou.
O ministro disse que a equipe do presidente Jair Bolsonaro está trabalhando em conjunto para elaborar medidas nas áreas de Saúde, Segurança e da Economia. Ainda que seja esperada a identificação de um grande número de casos nos próximos dias, mas é necessário alargar esse pico.
“Se todos forem subir o Monte Everest, muitos não aguentarão, por não termos equipamento e estrutura. Se conseguirmos ter montanhas como as de Minas, alargar o pico, muitos terão dificuldades, mas a caminhada será menos pesarosa”, disse comparando a situação da doença no país a uma escalada.
Sistema de saúde
O ministro afirmou que o governo reforçará o sistema de saúde para atendimentos dos pacientes contaminados e possíveis suspeitos. Entre as medidas, está a renovação da frota de ambulâncias. Segundo ele, 20% da frota será renovada neste semestre e outros 20% na segunda metade do ano.
O ministro também afirmou que a importação de equipamentos, como respiradores, e produtos é necessária. Também há um esforço para abertura de leitos em hospitais, conforme solicitado pelos estados.