Malha e não atinge resultado? Resposta está na genética, diz estudo
Pesquisadores do Reino Unido descobriram 13 genes que são responsáveis pelo modo como o corpo humano responde aos exercícios
atualizado
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Para algumas pessoas, alcançar os objetivos na academia e conseguir um corpo com músculos definidos é mais difícil do que para outras, mesmo que elas sigam uma rotina de exercícios e dieta semelhante. Novo estudo feito por pesquisadores da Anglia Ruskin University, no Reino Unido, mostra que a resposta para esta diferença está na genética.
“Sabemos que o exercício é bom para nós, mas todos melhoramos em ritmos diferentes, mesmo quando seguimos regimes de treinamento idênticos. Isso significa que há outros fatores em jogo”, escreveu Henry Chung, autor do estudo e cientista esportivo da universidade, no artigo publicado nessa quinta-feira (14/10), na revista Plos One.
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Revisão de estudos
A equipe de Chung revisou 24 estudos publicados sobre resultados de treinamento físico, com a participação de 3.012 adultos com idade entre 15 e 55 anos, para avaliar como a genética pode afetar o impacto de três áreas dos exercícios: cardiovasculares, força muscular e potência anaeróbica.
Eles descobriram que 13 genes são responsáveis por como o corpo responde aos exercícios e por até 72% da variação nos resultados entre pessoas que seguem o mesmo treinamento.
“Nosso estudo encontrou 13 genes que desempenham um papel nos resultados dos exercícios, e descobrimos que alelos específicos contidos nesses genes são mais adequados para certos aspectos do condicionamento físico”, escreveu o doutor Chung.
Com esta conclusão, ele sugere que os testes genéticos podem ser ferramentas interessantes para indicar qual é a melhor categoria de treino para cada indivíduo, otimizando a resposta à atividade física. A prática beneficiaria também os pacientes hospitalares e atletas de elite que precisam ver melhorias em um curto período de tempo.
“Como a composição genética de cada pessoa é diferente, nossos corpos respondem de maneira um pouco diferente aos mesmos exercícios. Portanto, deve ser possível melhorar a eficácia de um regime de exercícios identificando o genótipo de alguém e, em seguida, adaptando um programa de treinamento específico apenas para essa pessoa”, concluiu.