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Mal súbito: entenda por que algumas pessoas passam mal nos TAFs da PM

Uma jovem de 27 anos sofreu um mal súbito durante o Teste de Aptidão Física para a PMDF e acabou falecendo horas depois

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Miguel A. Amutio/Unsplash
Corrida - exercício - correr - atividade física
1 de 1 Corrida - exercício - correr - atividade física - Foto: Miguel A. Amutio/Unsplash

Uma jovem de 27 anos sofreu um mal súbito enquanto realizava o Teste de Aptidão Física (TAF) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no domingo (28/1) e acabou falecendo horas depois. Gabriela Rosa dos Santos Gontijo não tinha problemas de saúde de conhecimento prévio e preparava-se, há pelo menos três meses, para a prova.

O mal súbito é uma expressão usada quando a pessoa sofre um desmaio repentino provocado por uma crise de hipoglicemia, quadro de desidratação ou convulsão leve, por exemplo. Em casos mais graves, pode incluir morte súbita causada por uma parada cardíaca repentina, que leva ao óbito em poucos minutos.

Por que algumas pessoas passam mal em testes físicos?

O TAF é uma fase comum de avaliação para concursos para a área de Segurança Pública, como para polícias Militar, Civil, Legislativa Rodoviária Federal e Federal, Bombeiros, agentes penitenciários, Forças Armadas e para cargos cuja habilidade física é essencial para atender às atribuições.

Nele, os candidatos precisam fazer teste de corrida de 12 minutos, com distância mínima de 2,4 quilômetros percorridos nesse intervalo pelos homens e 2,2 km pelas mulheres.

Os candidatos também precisam fazer o teste dinâmico em barra fixa – mínimo de seis repetições para homens e 15 segundos de suspensão para mulheres –; de flexão abdominal – mínimo de 35 repetições para eles e 28 para elas –; e o de natação, com mínimo de 50 metros percorridos para ambos os sexos, sendo o tempo máximo de até 1 minuto para homens e 1 minuto e 10 segundos, para mulheres.

Algumas pessoas passam mal no teste físico por motivos diversos, porém o mais prevalente está relacionado ao mal condicionamento físico e a problemas cardíacos não diagnosticados, como arritmias cardíacas, de acordo com o cardiologista Bruno Bacelar, da clínica Tivolly, de Brasília.

Segundo Bacelar, mesmo pessoas consideradas saudáveis correm risco de passar mal e sofrer um mal súbito se ultrapassarem o limiar pessoal de condicionamento físico para a realização do teste.

“O candidato deve estar preparado fisicamente e de preferência ter feito exames que possam revelar algum diagnóstico de arritmias – nesse caso, a atividade não é recomendada”, afirma Bacelar.

Em situações como o teste físico, o corpo passa por mudanças no ritmo cardíaco, que aumenta para melhorar a circulação do sangue e a oxigenação dos tecidos, mantendo as células em funcionamento.

“Se o candidato não estiver apto e devidamente preparado para o TAF, os exercícios podem ser considerados de risco. Ele pode ter problemas no aumento da frequência cardíaca e apresentar sintomas como cansaço excessivo, fraqueza desidratação ou desmaio. Por isso, a importância do correto preparo e a realização de exames cardiológicos”, explica Bacelar.

O horário da prova e as condições climáticas também podem influenciar negativamente na saúde do candidato. Gabriela, por exemplo, realizou a prova de corrida por volta das 15h30 e começou a passar mal nos 100 metros finais da prova.

“Às 15h30, normalmente o clima está bem quente, levando o candidato a ter mais perda de líquidos, podendo ter piora do quadro com a desidratação”, explica o cardiologista.

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