Maioria dos brasileiros diz seguir prescrição médica e até ler bulas
Levantamento do Ibope realizado em todas as regiões do país revela que as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a própria saúde
atualizado
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Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (17/09/2019) mostrou que estamos cada vez mais atentos à nossa saúde. Feito pelo Ibope Conecta a pedido da Bayer e com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o trabalhou avaliou como é o uso de medicamentos entre os brasileiros, se seguimos indicações e recomendações de especialistas, se conhecemos a bula dos remédios que tomamos e se estamos cientes da importância de conferir a validade e a dosagem correta dos medicamentos. A pesquisa mediu, ainda, qual o nível de conhecimento sobre reações adversas e a responsabilidade com o tratamento.
O Ibope entrevistou mil pessoas de ambos os sexos e de todas as regiões do país entre os dias 20 e 26 de agosto. O levantamento mostrou que grande parte dos brasileiros (37%) acredita ser o principal responsável pelo sucesso do tratamento. Quase todos os entrevistados (96%) disseram seguir o tratamento indicado corretamente e quatro a cada cinco participantes afirmaram ler a bula dos medicamentos com frequência.
Quem costuma seguir ordens médicas tende a entender melhor a importância de obedecer horários e dosagens dos remédios. Dos 96% entrevistados que disseram seguir o tratamento recomendado pelo médico, 96% tomaram corretamente a dosagem dos medicamentos receitados; 72% disseram saber que alterar o tempo de ingestão influencia no tratamento e 90% disseram conferir a validade dos remédios antes de ingeri-los. Cerca de 4% confessou não seguir o tratamento até o fim. Desses, 46% afirmaram ter desistido por conta da melhora dos sintomas.
Remédios
A respeito do uso de medicamentos, 51% dos participantes afirmaram fazer uso de remédios contínuos. Mulheres (64%), pessoas com 55 anos ou mais (79%) e de classe A (69%) são o perfil de entrevistados que mais tomam remédios controlados. Entre os usuários de remédios contínuos, 93% receberam a indicação do medicamento do próprio médico, enquanto 3% admitiram terem sido orientados pelo farmacêutico e 2% por amigos e parentes.
Entre os entrevistados que não faziam uso de remédios controlados, a conscientização sobre a importância de marcar uma consulta antes de tomar remédios não foi tão boa. Quase metade (49%) seguiu a indicação de um médico na última vez que tomou algum medicamento, mas 27% tomaram por conta própria. Pessoas com 55 anos ou mais foram as que mais seguiram a indicação de um médico (62%).
A maioria (80%) dos participantes disse ler sempre a bula antes de ingerir um medicamento. Entre eles, as mulheres são as mais bem informadas: 84% leem a bula contra 75% dos homens. Metade dos 20% que não têm esse hábito disse achar o vocabulário muito complicado. Alta confiança no prescritor (35%), letras pequenas (21%) e formato pouco atraente (18%) foram as outras justificativas para não conferir a bula.
Grande parte dos entrevistados (86%) sabia o que é uma reação adversa e foi capaz de identificar sintomas como enjoos (75%), tontura (70%), vômito (65%) e dor de cabeça (58%) como efeitos colaterais dos remédios. Os mais jovens, contudo, foram os que menos sabiam dizer o que é uma reação adversa: 76% deles não conheciam os sintomas.