Magros com barriguinha correm risco de desenvolver doenças cardíacas
Afirmação é de pesquisadores da Unesp, em São Paulo, que avaliaram homens saudáveis de 18 a 30 anos, que possuíam gordura abdominal
atualizado
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Estudo publicado recentemente por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na revista ‘Scientific Reports’ faz um alerta importante a pessoas magras que possuem uma “leve barriguinha”. Ainda que localizada, a gordura no abdômen aumenta os riscos de desenvolver doenças cardíacas e metabólicas.
No artigo, os cientistas apresentam um novo padrão de avaliação de risco, baseado somente na relação entre a cintura e a estatura. A pesquisa investigou homens de 18 a 30 anos que se consideravam fisicamente ativos, não tinham sobrepeso e nem histórico de doenças metabólicas (como diabetes) ou cardiovasculares.
A novidade é mostrar que a relação entre a medida da cintura e a altura de um indivíduo é, por si só, um indicador de risco, sem que o paciente necessariamente tenha sobrepeso.
Para se calcular o índice de risco, os pesquisadores dividiram o tamanho da circunferência da cintura pela altura da pessoa. A medida da cintura foi tomada na região da última costela. Considerava-se saudável, até então, o indivíduo que apresentasse resultados de até 0,5. Mas o estudo demonstrou que indicadores entre 0,45 e 0,5 já podem ser classificados como arriscados.
O grupo da Unesp analisou 52 homens com índice de massa corporal (IMC) entre 20 e 25, isto é, dentro da faixa de normalidade. Todos diziam fazer atividade física com regularidade, porém, sem intensidade — por exemplo, um jogo de futebol no fim de semana.