Mulher perde movimento das pernas no parto após sofrer lesão em nervo
Elizabeth Waggett ficou em uma cadeira de rodas por sete meses após sofrer uma lesão no nervo ciático durante o parto
atualizado
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A americana Elizabeth Waggett, 40 anos, perdeu temporariamente o movimento das pernas após o parto da primeira filha, em 2021, devido a uma lesão no nervo ciático.
Aos 36 anos, Elizabeth deu à luz sua filha, Darcy, em agosto de 2021. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, a artista plástica relata que passou por um trabalho de parto exaustivo, de 72 horas.
Assim como acontece em muitos partos, ela recebeu uma injeção epidural. O medicamento é aplicado na região lombar para anestesiar temporariamente a parte inferior do abdômen e o canal vaginal, com o objetivo de aliviar a dor do trabalho de parto.
A mãe de primeira viagem logo percebeu que algo estava errado, porque a sensibilidade nas pernas não voltou nas 24 horas seguintes ao nascimento da filha. Quando chegou a hora de se levantar e ir ao banheiro, ela percebeu que não conseguia se mover.
“Tudo, da pélvis para baixo, parecia morto”, conta ao Daily Mail. Um neurologista examinou Elizabeth e disse que ela provavelmente tinha sofrido danos nos nervos devido a um estiramento prolongado na pélvis, com chances de não recuperar o movimento das pernas.
Duas semanas depois, exames mostraram que o nervo ciático de Elizabeth, que desce pela coluna até a parte posterior das pernas, havia sofrido danos graves. Segundo os médicos, a lesão dificilmente seria reparada.
“Meu mundo desabou. Eu estava pensando: ‘Por que eu? Por que isso aconteceu comigo?’. Eu me senti um fracasso, porque tinha um bebê novo e não conseguia me levantar para ir até ele”, afirmou a artista.
Elizabeth permaneceu por sete meses em uma cadeira de rodas. Seu marido precisou deixar o emprego para cuidar dela e da filha recém-nascida em tempo integral. “Na maioria dos dias, eu não conseguia sair da cama”, lembra.
As dores nas pernas eram outro incômodo constante e só a permitiam dormir pouco mais de 30 minutos, na maioria das noites, antes de acordar repentinamente.
Com a ajuda de fisioterapia e acompanhamento médico, os danos nos nervos foram reparados espontaneamente. Elizabeth recuperou a sensibilidade dos nervos inferiores e conseguiu trocar a cadeira de rodas por um andador.
Hoje, ela consegue ficar de pé sem ajuda e fazer pequenas caminhadas, mas depende de analgésicos diários e fisioterapia semanal. A artista foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) como resultado de sua experiência pós-parto.
“Ainda parece que tenho dois membros presos ao meu corpo, em vez de minhas pernas. Não consigo correr ou pular e caminhar longas distâncias, porque causa muita dor no dia seguinte, mas me esforço”, afirma.
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